Em seu testamento, Zagallo, ícone do futebol brasileiro, fez um apelo pela paz entre seus herdeiros. O documento, apresentado à Justiça após o falecimento do ex-treinador em janeiro de 2024, expressava o desejo de que seus quatro filhos se mantenham unidos. Inclusive, o falecido ainda pediu que os conselhos de sua esposa, Alcina de Castro Zagallo, fossem respeitados.
De acordo com as informações do processo divulgadas em primeira mão pelo site Noticiei! e acessadas pela coluna Daniel Nascimento nesta terça-feira (29), a união familiar era um grande desejo do ex-jogador. Assim, ele pediu “que seus quatro filhos se mantenha sempre unidos, amigos uns dos outros, conforme o foram seus pais, e permaneçam assim pelo resto da vida, […] devendo todos ouvir sempre, antes de tudo, os conselhos de sua adorada mãe, em qualquer situação”.
Alcina, que recebeu 50% dos bens do ex-jogador, tinha um papel importante no testamento: ela deveria orientar os filhos na gestão de suas heranças. Zagallo solicitou que a mãe fosse consultada sobre a divisão de bens e que os filhos garantissem o bem-estar dela após sua partida. “Aconselha, na partilha dos bens, que respeitem o seu justo desejo, no sentido de que, amparados e resguardados, sejam, sempre o interesse de sua mãe, […] extremamente zelosa e esposa dedicada”, declarou.
O documento também revela um ponto sensível: os outros 50% da herança foram deixados para o filho caçula, Mário César de Castro Zagallo. O motivo foi uma disputa iniciada pelos demais irmãos, que tentaram anular o inventário de Alcina, que o deixou profundamente magoado. Segundo o testamento, essa dor foi determinante para a decisão, pois ele desejava que os filhos respeitassem o legado construído por ele e sua esposa.