A 3ª edição da exposição Foto de Quebrada selecionará trabalhos que representem uma pluralidade de vivências de artistas da periferia brasileira. Com inscrições abertas até 13 de outubro, o projeto vai escolher 20 pessoas para participar da mostra e quatro serão premiadas em dinheiro: dois prêmios por escolha da curadoria e dois por escolha popular, todos no valor de R$3mil. As inscrições podem ser feitas pelo site oficial do projeto.
Com temática totalmente livre, cada artista pode registrar até cinco fotos ou obras que tenham a fotografia como elemento principal. É permitida apenas uma inscrição individual por artista. Singularidade, originalidade e capacidade de reflexão diante dos aspectos da captura de imagem são alguns dos critérios aplicados para a seleção dos artistas.
O resultado será publicado no site do projeto a partir do dia 21 de outubro. Os 20 trabalhos selecionados serão exibidos em exposição na Galeria Risofloras, em Ceilândia, de 9 de novembro a 31 de janeiro de 2025. Todos os artistas escolhidos receberão R$200 pela participação. O anúncio das fotos premiadas será no dia 10 de dezembro.
Gu da Cei, integrante da coordenação e curadoria do projeto, descreve a criação da exposição como fruto da necessidade de valorização das quebradas brasileiras: “Os olhares sensíveis e verdadeiros representam os artistas nesses espaços, que tratam de forma únicas as vivências.” A partir da segunda edição, Gu conta que o evento passou a abranger inscrições de todo o país além do DF.
Como um dos curadores, Gu ressalta que a equipe lida com a diversidade de temas de forma receptiva para expor a complexidade das periferias brasileiras para além dos estereótipos. “As narrativas que recebemos abrangem questões de religiosidade, coletividade, família, cultura, lazer e sentimentos”, conta. A participação dos moradores desses locais reforça o engajamento cultural da comunidade.
“O Foto de Quebrada conecta o Distrito Federal às quebradas do Brasil inteiro. As iniciativas regionais valorizam essas expressões periféricas que muitas vezes não se veem representadas nos espaços mais centralizados”, argumenta Gu. A coordenação do projeto espera que o público seja sensibilizado com as imagens e que a exposição seja ampliada futuramente.