O álbum “3001”, um dos marcos na carreira de Rita Lee, acaba de ser lançado em vinil pela primeira vez. A novidade foi anunciada nas redes sociais da artista nesta sexta-feira (04). Rita, que faleceu em maio de 2023 aos 75 anos, eternizou seu legado na música brasileira com este disco, que traz uma mistura inovadora de rock e elementos eletrônicos.
Produzido por Roberto de Carvalho, marido de Rita, o álbum contou com a participação de Beto Lee na guitarra em algumas faixas e foi amplamente reconhecido, recebendo o Grammy Latino de Melhor Disco de Rock em 2001. Lançado originalmente no início dos anos 2000, “3001” combina uma estética que dialoga com o passado, presente e futuro, trazendo à tona a vibração dos anos 70 e incorporando toques modernos.
Rita chegou a comentar, na época do lançamento, sobre a colaboração com Tom Zé na criação da música que dá nome ao disco. “Eu e Tom Zé combinamos de continuar a saga do Astronauta Libertado. Ele me mandou a letra de ‘3001’ por e-mail, e eu fiquei desbundada. Roberto e eu fizemos a música”, relembrou a cantora.
O vinil de “3001” vem em duas edições especiais, nas cores azul e vermelho, ambas com um efeito marmorizado. A capa é no formato gatefold, e o encarte reproduz o material original, mantendo a autenticidade do projeto.
Confira as faixas presentes no lançamento em vinil:
Disco 1, lado A:
- 3001
- 2001
- Você Vem
Disco 1, lado B:
- Erva Venenosa
- Mentira
- Rebeldade
Disco 2, lado A:
- Pagu
- O Amor Em Pedaços
- Cobra
Disco 2, lado B:
- Entre Sem Bater
- Aviso Aos Meliantes
- História Sem Fim
O que se sabe sobre música inédita de Rita Lee para Maria Bethânia
Pouco antes de sua morte, em maio de 2023, a icônica cantora e compositora Rita Lee deixou uma surpresa especial para Maria Bethânia: uma letra inédita, cuja melodia foi criada por Roberto de Carvalho, viúvo de Rita e seu parceiro musical de longa data. A informação foi revelada por Roberto durante uma entrevista ao podcast Corredor 5, onde ele compartilhou detalhes emocionantes sobre a última obra de Rita.
Segundo Roberto, a composição foi um pedido especial de Rita. “Fiz uma música para uma letra que a Rita tinha escrito antes… e eu também tinha a maior dificuldade de fazer a música dessa letra, difícil”, comentou. Ele também relembrou as palavras de sua esposa: “A Rita tinha falado: ‘Quando você conseguir fazer a música, se eu já tiver ido, dê para Bethânia’, e assim eu fiz.”
Roberto gravou a canção e a entregou para Maria Bethânia, que, segundo ele, ainda não a gravou. No entanto, o músico foi enfático sobre a beleza da composição: “É linda a música, pancada”, afirmou.
Questionado se sentia que algo ficou pendente após a morte de Rita, Roberto foi categórico: “Não acho que tenha ficado faltando nada.” Ele também mencionou que continua trabalhando em projetos musicais, explorando novos caminhos após o falecimento de Rita Lee: “É uma outra dimensão das coisas”, disse.