MÚSICA

Cantora Isa Buzzi traz sua 'Primeira Turnê' para Brasília

A cantora começou postando músicas autorais no seu canal do youtube. Hoje acumula mais de 1 milhão e 300 seguidores nas redes sociais.

A cantora pop Isa Buzzi chega a Brasília neste domingo (6/10), com sua Primeira Turnê, no Teatro dos Bancários, às 18h. A setlist terá os maiores sucessos: Direitos Autorais, Ex-Ploda, além do lançamento, Carente. A artista começou a se inserir no circuito da cultura aos 15 anos, com vídeos de suas músicas autorais em seu canal do Youtube. Hoje, acumula mais de 1 milhão de seguidores e é vencedora do Prêmio Multishow, na categoria “Brasil”.  

Isa conversou com o Correio e respondeu cinco perguntas sobre sua carreira: 

Você começou sua carreira postando covers com um ukulele. Como  vê a evolução da sua música desde esse começo até o lançamento de "Direitos Autorais", que lhe rendeu o Prêmio Multishow?

Eu comecei com os vídeos na internet quando eu tinha só 15 anos, postava músicas autorais que eu escrevia na época, com ukulele. Essas músicas são totalmente diferentes das músicas que escrevo hoje em dia e acho que isso se deve muito ao fato de eu ter amadurecido. 

Quando a gente tem 15 anos, temos muitas dúvidas sobre quem a gente é, o que a gente gosta. Eu me sentia muito perdida nessa época. Minhas músicas (daquela época) são super diferentes das que eu faço hoje. Eu escrevia letras fofas, românticas, leves e calmas e hoje em dia eu escrevo um ritmo super pop, com uma pegada rock, e letras que as pessoas se identificam mais, por falarem sobre a realidade. 

Eu tenho muito orgulho do processo que vivi. Inclusive nesta minha primeira turnê, eu faço questão de que minhas primeiras músicas estejam no show, porque faz parte de quem eu sou. 

Direitos Autorais foi um sucesso estrondoso. Como você lidou com o impacto dessa música e com a responsabilidade de criar algo que ressoou com tantas pessoas?

Direitos Autorais foi um grande divisor de águas na minha vida. Foi uma música que me proporcionou muito alcance, muita visibilidade, muito mais do que eu imaginei que pudesse me proporcionar. 

Lidar com essa visibilidade foi muito gostoso, foi um processo de aprendizagem. Em nenhum momento foi difícil ou complicado lidar com o reconhecimento e as coisas que vieram junto dele. Muito pelo contrário, eu vivi coisas incríveis. Veio o Prêmio Multishow, a primeira turnê, outros lançamentos e oportunidades. 

O segredo foi só ser eu mesma, porque todos os conteúdos que eu sempre postei foram sobre a minha jornada, o meu processo de me mudar para São Paulo, de cantar nos metrôs, de batalhar muito pelos meus sonhos. E hoje, encontro tantos adolescentes me falando “Isa, você me inspira a seguir os meus sonhos, a fazer as coisas que eu quero fazer, a ter coragem, a não deixar o medo me vencer.”  e é muito gratificante. 


O que significa para você ter vencido o Prêmio Multishow na categoria "Brasil", especialmente sendo uma votação popular?

O Prêmio Multishow foi muito importante para mim. Um pouquinho antes de ter a indicação, eu tinha me mudado para São Paulo e eu estava cantando nos metrôs, distribuindo panfleto, com vários shows aos domingos na Paulista, gratuitos, tudo isso para tentar divulgar as minhas músicas. Um tempo depois de muito trabalho e muita luta, ser indicada a um dos maiores prêmios de música do Brasil, foi muito especial. 

Era uma menina de 20 anos que veio do interior, uma artista independente, sem apoio de gravadoras, sem apoio de investidores, sem apoio da mídia e da imprensa, concorrendo com tantos outros artistas renomados. Foi um momento realmente mágico, em que eu pude mostrar para as pessoas que me seguiam e que me acompanhavam que é possível. 

E no dia da premiação, quando eu segurei o troféu na mão, eu falei no discurso que aquele troféu não era meu, aquele troféu era de todos os sonhadores do país inteiro, todas as pessoas que me acompanharam, que votaram por mim e que, com aquele troféu, eu só queria poder mostrar para as pessoas que é possível sonhar. 

Quais são suas principais inspirações musicais e como elas influenciam suas composições e estilo?

Cresci influenciada musicalmente pela minha mãe e pelo meu pai. Meu pai toca gaita de boca e ama jazz e blues e, por parte da minha mãe, eu herdei o rock. Ouvir todos esses diferentes gêneros na infância moldaram muito do que faço hoje em dia: Um pop, com a pegada de rock e os melismas e vibratos característicos do soul. 

Para além dessa turnê, quais são seus planos para o futuro?

 Estou com muitos planos para o ano que vem. Confesso que é um dos anos em que eu estou mais animada para trabalhar, tem muitas coisas legais vindo, incluindo lançamentos. Eu não posso dar muitos detalhes ainda, mas podem esperar coisas que nunca viram de mim. 

Vai ser um ano muito desafiador e espero que o resultado seja algo que os meus fãs e todos que acompanham e gostam do meu trabalho curtam muito. É tudo para eles. 

Fico muito ansiosa e muito animada para fazer os novos projetos e fico assim mil vezes mais para ver a reação da galera, para ver se eles curtiram e o que eles acharam. Vai ser um ano de muitas surpresas e já estou muito feliz e ansiosa para saber o que a galera vai achar de tudo isso.

 

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