O documentário Porto imensidão, que será lançado dia 6 de novembro, retrata a produção poética de Pedro Tierra, pseudônimo do poeta Hamilton Pereira da Silva, durante a prisão na ditadura militar, entre 1972 e 1977, quando esteve encarcerado em diversas prisões da região do Goiás, de São Paulo e do Distrito Federal.
Nascido na cidade de Porto Nacional, no estado do Tocantins, em 1948, Tierra produziu, na prisão, os versos que comporiam o livro Poemas do povo da noite, obra que guia o curta-metragem, no qual a violência física e psicológica são revisitadas pela palavra que busca sobrevivência e esperança.
E foi assim que começou a compor seus primeiros versos de resistência. Conseguiu enviar os poemas para fora do presídio, para serem publicados clandestinamente na Itália com o pseudônimo de Pedro Tierra. O livro ganhou menção honrosa no Prêmio Casa de las Américas de 1978, mas só foi publicado no Brasil em 1979. O documentário terá um lançamento presencial na VI FLUA — Feira Literária da UFNT de Araguaína, no Tocantins, terra do poeta, no dia 6 de novembro, e em Palmas, no dia 8, no Sesc da cidade.
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