O poeta e filósofo Antonio Cicero morreu nesta quarta-feira (23/10), aos 79 anos. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 2017, Antonio escreveu as letras das músicas Fullgás, Pra começar e À francesa – as duas primeiras em parceria com a irmã, Marina Lima.
Ele foi diagnosticado com Alzheimer e foi internado por diversas vezes nos últimos anos. O poeta fez um procedimento de morte assistida na Suíça, onde a prática é legalizada.
Nascido no Rio de Janeiro, em 6 de outubro de 1945, Antonio estudou filosofia na PUC do Rio de Janeiro e, depois, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em 1969, devido a problemas políticos, foi para Londres, onde conclui o curso de filosofia na Universidade de Londres. Em 1976, Cicero foi fazer pós-graduação na Georgetown University, nos Estados Unidos, onde estudou grego e latim, o que lhe permitiu ler no original clássicos como Homero, Píndaro, Horácio e Ovídio. Depois, ele deu aulas de filosofia e lógica, em universidades do Rio de Janeiro.
O escritor Antonio Cicero foi eleito no dia 10 de agosto 2017 para a cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo o professor Eduardo Portella. "Antonio Cicero é um dos escritores mais representativos da literatura brasileira contemporânea", declarou o então presidente da ABL, Domício Proença Filho.
Cicero foi eleito por 30 votos. Antes de Cicero, os ocupantes anteriores da cadeira 27 foram: Joaquim Nabuco – fundador da cadeira e que escolheu como patrono Maciel Monteiro, Dantas Barreto, Gregório da Fonseca, Levi Carneiro e Otávio de Faria.
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