Música

Após álbum do Awolnation, Aaron Bruno lança disco de estreia de nova banda

Ao Correio, o artista comentou sobre o que pode ser o último álbum da banda que o fez mundialmente famoso e a nova fase da carreira com o Barbarians of California

Cantor e compositor Aaron Bruno se divide entre Awolnation e Barbarians of California
 -  (crédito: Greg Flack/Divulgação)
Cantor e compositor Aaron Bruno se divide entre Awolnation e Barbarians of California - (crédito: Greg Flack/Divulgação)

Em um longo processo de auto descoberta, finais e novos começos, o músico Aaron Bruno está vivendo um ano movimentado em 2024. No final de agosto, lançou The phantom five, novo disco do Awolnation, banda que lidera há 15 anos, e esta sexta-feira (4/10) lança And now I’m just gnashing my teeth, álbum de estreia do projeto Barbarians of California.

O artista ficou famoso na virada dos anos 2010, quando o projeto Awolnation alcançou uma profusão fenomenal na internet com a música Sail e o disco Megalithic symphony. De lá para cá, a banda cresceu emplacou outro grande hit com Run em 2015 e passeou por festivais no mundo inteiro.O grupo aposta em uma sonoridade que tem o rock alternativo como cerne e inserções de música eletrônica que funcionam como uma montanha russa para os sentimentos do ouvinte, conhecidos também como “drops” na linguagem dos DJs.

No entanto, com a pandemia, nem todo o sucesso e as reproduções na casa de centenas de milhões impediram Bruno de recalcular a rota. O artista queria muito ter uma família e após ter filhos mudou as prioridades da vida, colocando o Awolnation em segundo lugar. “Agora eu tenho filhos e esse fato é incrível e esquisito ao mesmo tempo”, reflete em entrevista ao Correio.

O The phantom five, portanto, é criado em um espaço mental muito distinto em meio ao temor da covid-19. “Eu tive o luxo do tempo porque o mundo todo estava parado, pude escrever muitas músicas. Ao invés de só ficar sentado vivendo o medo que eu estava sentindo, eu me tornei mais ativo e escrevi o máximo que pude”, lembra o artista. “Quando chegou a hora de botar para frente o projeto, eu tinha músicas o suficiente para escolher a dedo as melhores”, lembra.

Porém, ao mesmo tempo, Aaron Bruno estava trabalhando em uma banda de heavy metal e punk rock chamada Barbarians of California junto dos amigos Zach Irons, Isaac Carpenter e Eric Stenman. E pensou o disco de estreia do projeto derivado como uma continuação do lançado pelo Awolnation. “É como se fosse um álbum duplo, se você tiver a experiência de ouvir os dois juntos, vai ser uma experiência legal”, explica.

Barbarians of California soa muito distinto da primeira banda de Bruno. A escolha pelo heavy metal mantém a base no rock, mas as construções eletrônicas dão lugar para um som mais sujo, com mais gritos e distorções de guitarra. De certa forma, com o Barbarians, o músico faz algo menos surpreendente, mas de qualidade de produção muito similar. “Às vezes é importante ter um objetivo, uma nova atmosfera e um desafio diferente. Isso me traz foco”, conta Bruno.

Fim do Awolnation

A princípio, o ano de 2024 seria marcado pelo adeus à banda que fez Aaron Bruno um dos grandes nomes da música alternativa entre os anos de 2010 e 2020. “Eu me sinto muito sortudo de ter sobrevivido na música esse tempo todo. Chegar aos 15 anos de carreira me faz pensar que é uma boa hora de parar”, diz o artista. O marco temporal para ele é uma conquista chocante. “15 anos é incrível, 10 anos é inacreditável, 5 anos é ótimo, um ano já uma enorme conquista. Eu me sinto muito sortudo de que eu posso fazer o que eu mais amo e melhor entendo”, pontua.

Ele conta que ao olhar para trajetória que traçou até o momento sente que o trabalho foi bem feito. Esse pensamento pesa para que The phantom five seja o último sob o nome Awolnation. “Ficava pensando: ‘se esse for o último álbum do Awolnation, eu vou sentir orgulho?’ e acho que estou orgulhoso”, fala Bruno.

As viagens e a saudade da família justificam uma eventual parada da banda, mas as ideias continuam a mil e podem significar uma continuidade. “O problema é que não paro de ter ideias. No momento em que terminei o álbum, já tinha todo um novo conceito em mente”, afirma o músico.

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postado em 04/10/2024 15:17
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