Caio Luccas, rapper fluminense, lança o terceiro álbum de estúdio da carreira intitulado Apocalipse, que é um verdadeiro recorte dos pensamentos e sentimentos do artista, em meio a ascensão musical. Com 17 faixas, totalizando 54 minutos, o álbum reúne músicas em colaboração com nomes marcantes do cenário do rap e do trap nacional como Borges, Leall, MC Cabelinho, Ryan SP, TZ da Coronel, Veigh e Filipe Ret.
Nascido em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Caio Luccas vem conquistando espaço na cena musical do país desde de 2021, quando Filipe Ret o proporcionou o primeiro grande palco da carreira e abriu a primeira porta para que o jovem se tornasse conhecido. “Ret é um cara muito generoso, que me abriu todas as portas. Agradeço eternamente por Deus ter colocado ele no meu caminho”, conta Caio.
Em 2022, o cantor lançou o primeiro álbum de estúdio, Nova Moda, e, desde então, fez um lançamento por ano. Para ele, apesar de pouco tempo entre os álbuns, o processo de escrita e criação de cada obra acaba sendo natural e parte da vida do cantor. “Escrevo bastante sobre tudo que estou vivendo, então cada álbum acaba sendo um retrato de cada fase minha”, conta.
Em Apocalipse não poderia ser diferente. Desde do segundo álbum, Vírus Love, a carreira de Caio não tem sido a mesma. Em um momento de grande ascensão, notoriedade e euforia, o cantor se pegou perdido na própria mente. “Participei de trabalhos de outros artistas que também fizeram com que o meu som chegasse a mais gente. E, mesmo com esse crescimento, também batem várias neuroses, tá ligado?”, relata.
Foi durante esse processo de confusão e redescoberta que Apocalipse começou a ser desenhado. “Acabo falando das minhas experiências no mundo externo para fazer um contraponto com esse tumulto no mundo interno. Apesar de a aparência enganar, foi um momento em que precisei de suporte”, explica. "Apocalipse é sobre essa fase em que, apesar de ter conseguido ganhar dinheiro com a minha arte, dentro de mim estava passando um turbilhão.”
Em comparação ao último álbum, Apocalipse apresenta letras mais maduras e cruas. Dessa vez, Caio não está falando de um amor incandescente ou um coração apaixonado, e sim, de uma mente jovem, confusa, cheia de sonhos e medos. “Quis mostrar que todo mundo passa por essas confusões internas. E quais coisas me ajudaram a sair desse estado emocional: minha fé, minha família, meus amigos”, conta ele.
Com letras fortes sobre dores, receios, ascensão e autoestima negra, e turbulências emocionais, o álbum é um percurso real e humano dentro da mente do artista. Em meio a confusão e o caos interno, o disco demonstra uma tentativa do artista de encontrar o caminho de volta para si enquanto utiliza a arte e a música como cura.
“Acho Apocalipse muito mais maduro em questão de letra e rima. Tentei falar sobre esses pensamentos intrusivos que muitas vezes temos e que não conseguimos expressar”, explica o cantor. Em meio ao caos, Caio Luccas encontrou nas pessoas ao redor uma rede de afeto e apoio, e uma verdadeira fortaleza de esperança e força.
Foi a partir disso, que nomes como Filipe Ret, Borges, Leall, MC Cabelinho, Veigh e tantos outros artistas foram convidados para participar do álbum. “Todos que estão ali são muito importantes para mim. São artistas talentosos e já muito conhecidos, mas não os chamei por isso. Foi pela amizade mesmo. Foram pessoas que me ajudaram muito nessa fase”, relata Caio.
Falando em amizade, na semana de lançamento de Apocalipse, Caio subiu no palco sunset do Rock in Rio de 2024 a convite do padrinho musical, Filipe Ret. Para Caio, o show representou um grande marco para a carreira e para o festival. “Foi uma honra levar nosso som para esse festival tão importante. Estamos falando de sonho, de representatividade. É poder servir de exemplo a tanta gente que tá no corre para viver da música”, finaliza.