ROCK

Hybrid Theory fala sobre turnê no Brasil e retorno do Linkin Park

Shows prometem imersão visual e setlist fiel ao legado de Chester Bennington

A banda portuguesa Hybrid Theory, considerada o maior tributo ao Linkin Park do mundo, está prestes a iniciar sua turnê de dez shows no Brasil, com apresentações de norte a sul do país. Com datas marcadas de setembro a outubro de 2024, o grupo passará por cidades como Fortaleza e Florianópolis, trazendo para os fãs brasileiros uma experiência que promete ser inesquecível.

“Estamos genuinamente felizes com o regresso deles [Linkin Park], e essa turnê é o máximo que podemos oferecer aos fãs. Vamos entregar um show muito fiel, com o máximo de músicas da banda”, diz Yves Alezandro, vocalista do Hybrid Theory, em entrevista exclusiva ao TMJ Brazil, que assume o desafiador papel de interpretar Chester Bennington nos palcos.

“É parte do nosso trabalho manter o legado dele vivo, até que nos deixem”, brinca. O grupo revela que, para a turnê no Brasil, estão trazendo novidades visuais e um conteúdo de vídeo que acompanhará as performances ao vivo. “O público pode esperar uma experiência imersiva. Queremos que quem estiver assistindo sinta toda a emoção e energia que o Linkin Park sempre transmitiu”, comenta Yves.

Ele também destaca o desafio de ajustar as apresentações para públicos diversos, dada a variedade de cidades brasileiras incluídas na turnê. “Ajustamos o show de acordo com a vibe de cada lugar, a depender da interação do público, mas sempre mantendo a essência da banda e a lista de músicas que programamos, que são os maiores sucessos”. 

Quanto à volta ao Brasil, já que a banda já realizou um show em São Paulo (capital), o sentimento é de alegria e gratidão. “É sempre uma recepção calorosa. Vamos entregar algo especial para o público, e quem ama Linkin Park não vai se decepcionar. Não somos maiores que a banda, mas queremos garantir que suas músicas não fiquem apenas nos álbuns. Essa é a nossa função, nosso propósito”, Yves pontua.

Outro ponto forte da conversa foi a avaliação sobre o retorno do Linkin Park, que voltou aos palcos após sete anos de hiato, agora com a vocalista Emily Armstrong. Yves compartilha sua opinião sobre a nova fase da banda original e acredita que a banda americana não perderá fãs, mas manterá os antigos e conquistará novos.

“Ela está assumindo um papel icônico e desafiador, mas acreditamos que o público que gosta de Linkin Park vai sempre apoiar a banda, independentemente de mudanças. Emily trouxe uma nova energia, e o importante é que o legado continue. Acredito que a escolha da nova vocalista foi certa e penso que escolheram uma mulher para representar essa mudança e evitar comparações com a voz do Chester“, defende.

Yves ressalta que para ser vocalista de uma banda tributo, é essencial ser fã e como admirador ele está “empolgado com as novas músicas e com os demais trabalhos que o Linkin Park planeja para os próximos anos e em aprender a cantar essas canções” e elogia o quanto Emily tem procurado colocar a própria identidade como vocalista e membro titular.

 

 
Ver essa foto no Instagram

 

 

Uma publicação compartilhada por LINKIN PARK (@portallinkinpark)

Carreira do Hybrid Theory como tributo ao Linkin Park

Ao refletir sobre o início do Hybrid Theory, Yves revela uma conexão emocional profunda com as músicas do Linkin Park, muitas vezes marcadas por momentos pessoais. “A primeira vez que ouvi In the End foi em um karaokê na casa de um amigo, quando eu era adolescente. Tenho 32 anos, então já faz um tempo. Tentei cantar como o Chester, e aquilo me marcou profundamente”, conta.

Antes dessa experiência, Yves cantava no coro de uma igreja, o que acredita que seja o começo na carreira musical para muitos artistas. Ao longo dos anos, cantou em casamentos mas para atingir um timbre parecido com o de Chester, surpreendentemente, nunca teve aulas de canto. “Tudo o que sei e aprendi, foi tentando imitá-lo. Existe uma ligação emocional e ele faleceu um dia antes do meu aniversário”, reflete.

“Eu também nunca de fato fiz aulas de inglês. Cantava as músicas sem entender nada, pelo simples fato de me sentir emocionado com aquilo e entender que eram boas. Nunca tivemos qualquer contato com a banda original, quem sabe agora com a nova vocalista, se fizerem um concerto em Portugal… [risos]. Ter trabalhado em um bar e atender estrangeiros me ajudou com o idioma no passar do tempo”, analisa.

O vocalista relembra que com os membros do que viria a se tornar o Hybrid Theory, tentou ter uma banda de músicas originais, no início. Porém, devido a dificuldade em angariar recursos financeiros para conseguir lançar esses projetos, eles acabaram optando por trabalhar com música, com base no que conheciam e gostavam e escolheram o Linkin Park como inspiração.

“Nós queríamos criar um álbum musical, mas aqui em Portugal, assim como imagino que seja o Brasil, é difícil viver de música, ou apenas de música. Realizamos dois ou três concertos no começo como uma banda de tributo ao Linkin Park e esgotamos os ingressos desde a primeira apresentação. Claro, não era um grande espetáculo. Era um lugar com bebidas. Mas foi uma experiência significativa para nós”, relata.

 

 

 

 

Mais Lidas