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Joelma tem sua obra reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará

Projeto de lei também reconheceu o trabalho de Gaby Amarantos

A cantora, compositora, dançarina, coreógrafa e empresária paraense Joelma da Silva Mendes, reconhecida nacionalmente como Joelma, foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 24, após a aprovação unânime do projeto de lei da deputada Lívia Duarte na Assembleia Legislativa do Pará.

O intuito é “demonstrar o valor social e cultural” que Joelma “agrega ao patrimônio histórico-cultural paraense”, levando a cultura do norte do Brasil para todo o país por meio do ritmo Calypso.

Em uma declaração ao portal g1, a deputada declarou: “A artista leva a cultura do Pará aos quatro cantos do mundo, destacando os ritmos e danças característicos do Estado”.

Em uma publicação no seu perfil do Instagram, Joelma agradeceu o reconhecimento e se diz muito feliz pelo feito. “Minhas raízes estão no Pará, e cada nota das minhas músicas reflete essa terra,” escreveu Joelma. Veja:

Saiba mais sobre a carreira de Joelma

A cantora Joelma da Silva Mendes nasceu em Almeirim, no oeste do Pará, e seu estrelato começou ao lado de seu então marido, Chimbinha, com a fundação da Banda Calypso em 1999.

Com uma sonoridade que misturava tecnobrega, carimbó e outros ritmos regionais, a banda rapidamente se tornou um fenômeno nacional, levando a música paraense a todos os cantos do Brasil. Ao longo de sua trajetória, a cantora lançou diversos sucessos que são considerados verdadeiros hinos, como Chão de Estrelas, Cavalo Manco e Dançando Calypso.

Seus shows também são considerados espetáculos, repletos de coreografias elaboradas, figurinos deslumbrantes e uma interação constante com o público. Em 2006, a banda conquistou um marco histórico ao receber o disco de diamante quíntuplo pelas vendas do DVD “Banda Calypso pelo Brasil”, que se tornou o mais vendido do país, com mais de 2,5 milhões de cópias.

Após a separação de Ximbinha em 2015, a cantora lançou sua carreira solo e continuou a brilhar nos palcos. Seu álbum solo, autointitulado, trouxe hits como Amor Novo e Ai Coração. Uma das suas obras mais recentes é Voando Pro Pará, que celebra pontos turísticos de Belém, como o Mangal das Garças e o Ver-o-Peso, além de destacar a culinária local, mencionando pratos típicos como tacacá, pupunha e açaí.

A canção se tornou um meme na internet, com a frase “Eu vou tomar um tacacá, dançar, curtir, ficar de boa” sendo reproduzida por diversos famosos e pelo público nas redes sociais. Outro sucesso é Respingo de Saudade, uma colaboração com o humorista Whindersson Nunes, cujo clipe também conta com a participação da ex-BBB Isabelle Nogueira.

Durante a sua trajetórioa profissional até o momento, a artista vendeu cerca de 20 milhões de álbuns, se consolidando como uma das recordistas de vendas de discos no Brasil e acumulando diversas vitórias e indicações a prêmios importantes, incluindo três indicações ao Grammy Latino.

Além de Joelma, Gaby Amarantos também teve o trabalho reconhecido

É importante lembrar que a obra da também cantora e compositora paraense Gaby Amarantos também recebeu o reconhecimento de Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará. Assim como no caso de Joelma, a proposta foi de autoria da deputada Lívia e, em agosto deste ano, foi aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa do estado.

gaby amarantos

Foto: Reprodução/Instagram/@gabyamarantos

Gabriela Amaral dos Santos, reconhecida nacionalmente como Gaby Amarantos, é cantora e compositora paraense e ganhou destaque na cena musical brasileira com seu estilo que mistura tecnobrega, pop e também influências da cultura amazônica. Nascida em Belém, ela iniciou sua carreira artística ainda jovem e se destacou por suas performances vibrantes e letras envolventes. Seu álbum de estreia, “Treme”, lançado em 2013, trouxe hits como Ex Mai Love, sucesso na novela da TV Globo de “Cheias de Charme” que a impulsionou para a fama nacional e consolidaram sua imagem como uma das principais vozes do tecnobrega.

Fernanda Frühauf – Supervisionada por Marcelo de Assis

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