HIP-HOP

Buscas por músicas de Diddy crescem após prisão do cantor

Rapper americano foi preso na última semana e responde por tráfico sexual e sequestro

As músicas do rapper americano Diddy receberam um aumento de popularidade após a prisão do artista. De acordo com a Luminate, empresa especializada em dados e análises musicais, as faixas de Diddy registraram um crescimento de 18,3% em streams durante a semana de 17 de setembro, período de sua detenção, em comparação à semana anterior.

Para George Howard, professor de gestão musical na Berklee College of Music, o aumento nos streams de Diddy não surpreende. Em entrevista à Associated Press, publicada pelo jornal The Guardian, ele comentou: “A música se torna apenas outro pedaço de informação enquanto as pessoas tentam entender as atrocidades,” disse o professor,

“É tipo: ‘Como soaria a música de alguém cujo cérebro funciona dessa forma'”, explicou. “A curiosidade natural que essas acusações geram faz sentido. É como passar devagar por um acidente de carro. As pessoas querem ver.” George também mencionou que muitos veem Diddy como empresário antes de reconhecê-lo como músico.

Ele destacou ainda que a “anonimização” das plataformas de streaming facilita o aumento das reproduções de suas músicas. “Hoje em dia, imaginar alguém entrando em uma loja de discos para pedir um CD do Diddy parece improvável”, refletiu.

Nick Minaj reagiu a prisão de Diddy, criticando o silênio de Jay-Z sobre o assunto

No último sábado (21), Nicki Minaj fez declarações contundentes no ‘X’ (antigo Twitter), criticando diretamente Jay-Z e outras figuras da indústria musical. A rapper revelou que foi “enganada” em um acordo envolvendo a venda da plataforma TIDAL, alegando que lhe ofereceram US$ 1 milhão para manter silêncio, mas ela recusou a proposta. Nick Minaj afirmou que não foi paga de forma justa por sua participação na plataforma e acusou Jay-Z de não ter sido transparente sobre os detalhes da venda para Jack Dorsey em 2021.

Foto: Reprodução/Instagram/@nickiminaj

Além disso, a rapper trouxe à tona a recente prisão de Diddy, sugerindo que as acusações contra ele, que incluem tráfico sexual, estão sendo propositalmente abafadas. Minaj comparou o caso de Diddy ao de R. Kelly, condenado por crimes sexuais, e criticou a forma como a mídia e a indústria tratam esses assuntos, insinuando uma suposta hipocrisia.

Nicki também mencionou o envolvimento de Desiree Perez, diretora de operações da Roc Nation, na negociação da TIDAL, apontando para um possível jogo de interesses dentro da indústria musical. Ao final, ela deixou claro seu descontentamento com o processo e com a abordagem utilizada para tentar silenciá-la.

Fernanda Frühauf – Supervisionada por Marcelo de Assis

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