O cantor Gusttavo Lima, que teve o mandado de prisão expedido em razão da Operação Integration, gravou um vídeo dedicado à imprensa fazendo um apelo: “Parem de me perseguir, ninguém aqui é bandido.” O artista desabafou por meio do Instagram após todas as polêmicas envolvendo seu nome.
No vídeo, Gusttavo Lima aparece vestindo uma camiseta branca e um boné preto, conversando com os fãs sobre o momento que está vivendo. Em sua fala, ele pede respeito, afirmando que, antes de qualquer coisa, é um ser humano. “É muito triste a gente ser esculhambado, ser tratado como se fosse um criminoso”, explicou o cantor de 35 anos.
Nos comentários da publicação, é possível ver o apoio dos fãs, que expressam sua solidariedade em relação à situação do cantor.
Além disso, em uma publicação no Instagram Stories, o irmão de Andressa Suita, esposa de Gusttavo Lima, Alexandre Suita afirmou que a família da irmã está bem, que acredita na inocência do cunhado e que Gusttavo Lima não fugiu do país. Ele também declarou que acredita que a decisão da justiça pernambucana sobre a prisão do cantor foi precipitada.
Veja o depoimento do cantor:
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Entenda a relação de Gusttavo Lima à Operação Integration
A Justiça de Pernambuco decretou, na segunda-feira, 23, a prisão do cantor sertanejo Gusttavo Lima em decorrência da Operação Integration. A decisão foi proferida pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, que também impediu a libertação da influenciadora Deolane Bezerra.
A juíza considerou que Gusttavo Lima ajudou dois alvos da operação, o empresário José André da Rocha Neto, proprietário da casa de apostas Vai de Bet, e sua esposa, Aislla, a permanecerem fora do Brasil. A prisão do casal foi decretada em 4 de setembro, mas eles não foram detidos na época, pois estavam na Grécia comemorando o aniversário do cantor. O casal viajou no avião de Gusttavo Lima e passou por outros países, o que gerou suspeitas de que possam ter permanecido em outro local durante a investigação.
Essa ação é um desdobramento da Operação Integration, que investiga empresas e influenciadores envolvidos em esquemas de jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Desde o dia 4 de setembro, a Operação Integration já cumpriu 12 dos 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão domiciliar contra uma organização ligada a crimes de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Além de Gusttavo Lima, a prisão do empresário Bóris Maciel Padilha também foi decretada. O cantor terá seu passaporte e certificado de registro de arma de fogo retidos pela Justiça.
Segundo o Portal Leo Dias, na decisão, a juíza Andréa Calado da Cruz discordou da postura do Ministério Público, que havia devolvido o inquérito à Polícia Civil de Pernambuco e solicitado a substituição das prisões preventivas de todos os acusados, incluindo Deolane e Solange Bezerra. Em contrapartida, ela pediu as prisões de Gusttavo Lima e de Bóris Maciel.
Saiba mais sobre a prisão de Deolane Bezerra, presa na Operação Integration
Na tarde desta terça-feira, 24, a influenciadora Deolane Bezerra foi liberada da penitenciária Colônia Penal Feminina de Buíque, em Pernambuco, após passar 20 dias presa devido à Operação Integration. Sua soltura foi decretada pela Justiça, que também ordenou a liberação de todos os detidos na mesma operação.
Ao deixar o presídio, Deolane acenou para os fãs que a aguardavam na porta, uma cena contrastante com sua primeira libertação, quando foi colocada em prisão domiciliar. A família e os advogados da influenciadora celebraram a decisão judicial em publicações nas redes sociais.
No entanto, o desembargador responsável pelo caso impôs restrições aos investigados. Eles estão proibidos de reativar qualquer empresa relacionada à investigação da Operação Integration e de participar de decisões sobre atividades econômicas de empresas envolvidas. Além disso, os investigados não poderão fazer publicidade ou mencionar qualquer plataforma de jogos associada à investigação.
Fernanda Frühauf – Supervisionada por Marcelo de Assis