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Ernani Moraes retorna à Rensga Hits! 'sem memória e com um tesão louco'

Em cartaz como figura paternal na peça "Órfãos", Ernani Moraes retoma "Rensga Hits!" como pai das protagonistas

Em cartaz com o espetáculo Órfãos, ao lado de Rafael Queiroz e Lucas Drummond, pelo qual recebeu a indicação como Melhor Ator ao Prêmio Bibi Ferreira, Ernani Moraes volta ao ar com a nova temporada de Rensga Hits!, que a Globoplay irá disponibilizar a partir desta quinta-feira (26/9). Na trama, o veterano interpreta Guarariba, pai das protagonistas Raíssa (Alice Wegmann) e Gláucia (Lorena Comparato), que surge sem memória após a revelação de que as antigas rivais são meio-irmãs. Já no teatro, ele é Harold, um homem rico e misterioso que surge para mudar a vida de dois jovens irmãos órfãos.

Confira a entrevista ao Correio.


Entrevista | Ernani Moraes

Fale mais sobre o seu personagem nessa nova temporada da série?

O Guarariba, na segunda temporada da série, aparece mais, mas infelizmente vai mostrar mais do seu mau caratismo, porém de uma maneira muito legal, uma maneira muito bacana. A autora escreve de uma maneira bem humorada, é muito interessante lá o filão, e é muito inteligente. Mas ele realmente é um mau caráter. Para minha tristeza, o Guarariba vai mostrar uma faceta mais canalha na segunda temporada. Vou ter mais cenas com a Lúcia Veríssimo, que é uma super atriz que eu amo, tem as tias da personagem da Alice, que vão fazer mais cenas comigo, a Stella Miranda, a Guida Viana, então tem mais cenas mais bacanas, engraçadas, então meu personagem até aumenta um pouco, e vocês vão ver que ele vai ser, digamos assim, a locomotiva por uma transformação profunda que a personagem da Alice Wegman vai se metamorfoseando durante a segunda temporada.

O Guarariba está sem memória neste novo momento da história. Como foi trazer essa nova nuance dele?

Ele percebe um "filão" de dinheiro no talento que suas filhas possuem e podem empreender em termos de renda para ele. O personagem Guarariba é manipulador e possui um "tesão louco", querendo pegar todo mundo de novo, a mulher, as tias, e chega a ser engraçado. Ele vai aparecer sem memória, mas eu gostaria que vocês assistam o desfecho muito inteligente da autora sobre essa falta de memória do personagem.

E sobre atuar com as atrizes Alice Wegmann e Lorena Comparato?

Bom, atuar com Alice Wegmann e com a Lorena Comparato foi um luxo. Alice Wegmann, eu não tenho a menor dúvida de falar, que é uma atriz superboa, encantadora, contracena muito bem, tem uma naturalidade para interpretar, que é incrível. A Lorena Comparato também não fica nada atrás, canta bem, empresta uma personalidade dela para os personagens, que é incrível. E eu fiquei muito feliz de ter duas filhas com o talento da Alice e da Lorena. Cantam muito bem, interpretam muito bem e são, assim, ótimas colegas, parceiras de set. Amei trabalhar com a Alice e com a Lorena, bem como trabalhar com a Fabiana Karla, Deborah Secco, Lúcia Veríssimo, o Alejandro Claveaux, o Maurício Destri, é um elenco incrível, jovens e promissores atores, e com veteranos atores e atrizes da maior qualidade. Rensga Hits! é uma sucessão de acertos, né? E eu coloco sempre assim a direção da Carol Durão, né? As protagonistas são mulheres, as antagonistas são mulheres, você vê aquele time de mulher. Eu fiquei muito embevecido e orgulhoso de estar nessa produção de Rensga Hits!, nesse universo feminino que se criou em torno da produção.

O que se pode esperar da nova temporada da série?

Uma interpretação sincera. É uma série de muitas mulheres, Alice, Lorena, Fabiana, Deborah, Lúcia, Stella, Guida, a diretora é mulher, muitas mulheres no set, fiquei assim muito embevecido com esse olhar das mulheres, um Brasil muito esquecido, né? Que esse Brasil central, a gente fala muito da população litorânea de Recife, da Bahia, do Rio de Janeiro, chega no máximo em São Paulo, em Porto Alegre. Mas esse Brasil mais interiorano, que mostra essa alma do homem central lá de Goiás? Eu acho que essa série traz muito essa perspectiva de mostrar essa mulher do interior do Brasil com a sua força, sua tenacidade, com as suas convicções.

Como tem sido esse reconhecimento da peça Órfãos?

Esse reconhecimento tem sido incrível. Nós, que trabalhamos como ator, vivemos dos últimos trabalhos que estamos fazendo. Temos que matar um leão a cada espetáculo, a cada nova temporada e o reconhecimento que estou tendo como Órfãos tem sido um dos maiores da minha carreira. Estou com 68 anos, comecei a fazer teatro com 18 e a peça e meu personagem Harold vão para a galeria daqueles trabalhos que são referência na minha carreira. Ele é um personagem incrível, complexo, com várias nuances! É uma produção em que posso mostrar várias possibilidades da minha interpretação. Órfãos já me conferiu um prêmio APTR, várias críticas maravilhosas à minha atuação, tanto no Rio de Janeiro, quanto em São Paulo. Estou muito feliz e agradecido, queria muito que Órfãos se tornasse aqueles "espetáculos de bolso" que eu sempre possa fazer até a minha finitude.

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