ROCK

Radiohead voltou a ensaiar e “foi muito divertido”, revela Colin Greenwood

O baixista revelou que a banda se reuniu para um ensaio em Londres há dois meses

O Radiohead, icônica banda britânica de rock alternativo, pode estar se preparando para um retorno após oito anos sem lançar novos álbuns de estúdio e seis anos sem realizar shows. O baixista Colin Greenwood compartilhou recentemente que o grupo se reuniu e fez um ensaio em Londres há cerca de dois meses.

Durante uma videochamada no Hay Festival Querétaro, no México, no último domingo, 08, Colin falou sobre seu próximo livro de fotografia, How To Disappear: A Photographic Portrait Of Radiohead, e aproveitou a oportunidade para revelar que os membros da banda se reuniram para tocar suas músicas antigas. “Fizemos alguns ensaios há cerca de dois meses em Londres, só para tocar as músicas antigas. E foi muito divertido, nos divertimos muito“, disse ele.

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Foto: Reprodução/Instagram/@colingreenwood

O comentário de Greenwood animou os fãs, especialmente após seu irmão, o guitarrista Jonny Greenwood, ter mencionado em maio que a banda estava ocupada com projetos separados. Na ocasião, ele explicou que o The Smile estava em turnê, Ed O’Brien estava trabalhando em um novo disco solo, e Colin Greenwood estava tocando baixo com Nick Cave, incluindo cinco noites esgotadas na Sydney Opera House.

Último álbum do Radiohead foi lançado em 2016

O último álbum de estúdio do Radiohead, ‘A Moon Shaped Pool, foi lançado em 2016, e a última turnê da banda aconteceu em 2018. O álbum foi o nono de estúdio da banda e marcou uma fase introspectiva e emocional da banda. Com uma sonoridade melancólica, o disco explora temas de perda, saudade e isolamento, destacando-se pela orquestração sofisticada e arranjos minimalistas.

Produzido por Nigel Godrich, colaborador de longa data do grupo, o álbum incorpora elementos de música eletrônica, clássica e folk, criando uma textura sonora envolvente e delicada. Faixas como ‘Burn the Witch’, ‘Daydreaming‘ e ‘True Love Waits’ exemplificam a profundidade lírica e a experimentação musical que fizeram do Radiohead uma das bandas mais influentes da música contemporânea.

Radiohead esteve no Brasil em 2018, relembre

A banda britânica subiu ao palco de forma discreta, iniciando o show com a melancólica ‘Daydreaming’, do álbum A Moon Shaped Pool (2016). A recepção calorosa da plateia paulista mostrou que, após nove anos de espera, os fãs estavam prontos para tornar a noite memorável – mas a performance da banda dispensou qualquer esforço adicional.

Liderado por um Thom Yorke, que agradeceu o público diversas vezes em sinal de respeito, o Radiohead conduziu um espetáculo com maestria. Sem focar nos grandes hits, o grupo priorizou a criação de uma atmosfera envolvente, escolhendo músicas que conversavam perfeitamente entre si. O público acompanhou cada nota com devoção.

O setlist deu destaque ao álbum mais recente da banda, com faixas como ‘Ful Stop’ e ‘Present Tense’, recebidas com entusiasmo. Além disso, In Rainbows (2007) também foi celebrado, com canções como ‘All I Need’, ‘Nude’ e ‘Weird Fishes/Arpeggi’, que teve coro harmonioso da plateia. Já OK Computer (1997) trouxe momentos vibrantes, com ‘No Surprises’, ‘Let Down’ e a intensa ‘Paranoid Android’, perto do final do show.

Durante a execução de ‘Idioteque’, de Kid A (2000), um problema técnico afetou os telões laterais, que apagaram por várias músicas. Apesar do contratempo, a plateia que estava mais distante não pareceu se incomodar, já que os telões reproduziam apenas projeções da banda, que mal era vista.

Um dos momentos mais emocionantes da noite foi ‘Exit Music (for a Film)’, quando o público iluminou o Allianz Parque com as luzes de seus celulares, criando um mar de estrelas que impressionou até os membros da banda. Yorke e o guitarrista Ed O’Brien agradeceram visivelmente emocionados.

A ausência dos hits Karma Police’ e Creep’ – esta última raramente tocada ao vivo – deixou claro que o foco da banda não estava em agradar com clássicos, mas sim em proporcionar uma experiência única. O show foi encerrado com a tocante ‘Fake Plastic Trees’, do álbum The Bends (1995), deixando o público em êxtase.

Apesar de não incluir a versão acústica de ‘True Love Waits’, tocada no show do Rio de Janeiro, em São Paulo foi presenteada com performances inesquecíveis de ‘There, There’ e ‘My Iron Lung’.

Fernanda Frühauf – Supervisionada por Marcelo de Assis

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