Recém-chegado aos cinemas e com sessões marcadas para início nesta quinta-feira (26/9) no Cine Brasília, Bocaina é um longa que resultou de um processo criativo e colaborativo de filmagem. O roteiro foi escrito a cinco mãos e fala de uma trama atemporal de duas mulheres (Ana Flávia Cavalcanti) atravessadas pelo tempo. Elas encontram um homem misterioso (Alejandro Claveaux) que as ajuda a se libertarem de suas amarras sob a ótica de um tempo suspenso, incerto e recheado de subjetividades que avida rural nos propõe.
Em Bocaina, uma cidadezinha de Minas Gerais, enquanto Zulma (Malu) e Musk (AnaFlávia) enfrentam seus próprios conflitos internos, Josevelt (Alejandro) começa a influenciar a vida delas de maneiras inesperadas, desafiando as certezas e as regras que antes as mantinham seguras. A narrativa se desenrola sob o pano de fundo da pandemia, refletindo a sensação de suspensão e incerteza que permeia a sociedade atual.
O drama explora temas como o isolamento, a libertação emocional e a fragilidade da vida diante do desconhecido. O filme nos convida amergulhar nos silêncios que contém pequenos sons, e numa solidão repleta de natureza. “Em Bocaina, o tempo é o tempo da roça. Tudo acontece agora, hoje. Nosso desejo foi ode ultrapassar a percepção do tempo usual: presente, passado e futuro”, diz Ana Flávia.
O codiretor Fellipe Barbosa afirma que o filme traz “uma percepção de tempo não linear, circular, em que as duas dimensões encenadas andam em paralelo, num jogo de duplos e espelhos. Não há passado, presente e futuro, somente presentes em eterno retorno. Os mesmos eventos são vistos através de pontos de vistas paralelos e as percepções são distintas em cada dimensão.”
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