LITERATURA

O legado de Burle Marx é contado em novo livro infantojuvenil

A publicação é o quarto volume da coleção Mestres Cobogós, que narra às novas gerações de brasilienses as histórias de grandes nomes da construção da capital

Ana Maria Lopes e Marcia Zarur: a floresta na cidade -  (crédito: Gabriel Zarur Canellas)
Ana Maria Lopes e Marcia Zarur: a floresta na cidade - (crédito: Gabriel Zarur Canellas)

Um dos principais paisagistas do século 20, que deixou a sua marca em Brasília, Burle Marx ganha a história contada em livro infantojuvenil publicado pelo Coletivo Maria Cobogó. A obra intitulada com o nome do artista, escrita por Ana Maria Lopes e Marcia Zarur, será lançada, nesta quinta-feira, no Bar Beirute. A publicação é o quarto volume da coleção Mestres Cobogós, que narra às novas gerações de brasilienses as histórias de grandes nomes da construção da capital. Glênio Bianchetti, Athos Bulcão e Dulcina de Moraes foram alguns dos homenageados.

Apaixonado pela flora do Brasil, Marx contemplava a natureza na elaboração dos projetos paisagísticos. Trabalhou ao lado de Oscar Niemeyer e Lucio Costa em projetos icônicos de Brasília, como o Teatro Nacional e a 308 Sul, quadra modelo do Plano Piloto. 

Foi o momento de crise climática no país que inspirou a autora e jornalista Ana Maria Lopes a registrar a história do paisagista. Fascinada pela atitude ambientalista que Marx representava para com a flora brasileira, Ana refletiu sobre o descuido atual com a natureza. "Desde 1950, ele já falava sobre desmatamento. Ele foi um pioneiro na preocupação ambiental. Isso mostra uma educação para além da intelectualidade", argumenta. 

A urgência ambiental da atualidade levou a autora a optar pela publicação infantojuvenil: "O público que gostaríamos de atingir é exatamente o das pessoas em formação. Queremos levar a cidadania do cuidado com a cidade e o meio ambiente para os jovens." Ana enfatiza que Brasília é uma cidade extremamente arborizada e visualmente agradável graças à contribuição de figuras como Burle Marx.  

O livro, com projeto gráfico da designer Beatriz Socha, é acompanhado de um encarte pedagógico para o trabalho do conteúdo em escolas, elaborado pela psicopedagoga Solange Cianni. A autora Marcia Zarur antecipa que a primeira triagem de lançamento do livro contempla uma ecobag e um saquinho de sementes: "Um incentivo para a reflexão sobre o uso indiscriminado de sacolas plásticas e um convite para que as crianças botem a mão na terra e plantem."  

*Estagiária sob supervisão de Severino Francisco

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postado em 25/09/2024 06:01
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