Negros no protagonismo, universo do transporte público coletivo, bilhete de loteria premiado, uma família ligada à contravenção e outra decadente tentando manter o status, carnaval e a cultura coreana. Com esses elementos, permeados por personagens humanos, gente com a gente, a Globo lançará, em 30 de setembro, a nova novela das 19h, Volta por cima. Nesta terça-feira (17/9), a emissora reuniu os criadores e o elenco para um bate-papo virtual com a imprensa. O Correio marcou presença.
Escrita por Cláudia Souto, com direção artística de André Câmara, a produção será protagonizada por Jessica Ellen, Fabricio Boliveira, Isadora Cruz e Amaury Lorenzo, com nomes de peso no elenco, como Betty Faria, Drica Moraes, Ailton Graça, Milhem Cortaz, Isabel Oliveira, Tonico Pereira, Tereza Seiblitz, Juliano Cazarré e Rodrigo Fagundes.
Madá e Jão
A história de Madalena (Jessica Ellen) começa quando a de seu pai termina. O motorista de ônibus Lindomar (MV Bill) está prestes a se aposentar, mas, no seu último dia de trabalho, sofre um infarto no volante do ônibus, causando um grave acidente. Com a morte do pai, ela passa a chefiar a casa com coragem e resiliência, já que a mãe, a costureira Doralice (Tereza Seiblitz), sofre de uma doença cardíaca.
O caminho de Madá se cruza com o do do fiscal da Viação Formosa Jão (Fabrício Boliveira), que se habituou desde cedo a ser o responsável pela casa. A caminho do trabalho, Lindomar tenta a sorte com um jogo de apostas. Mas o destino o impede de gozar do prêmio milionário. O cunhado encostado dele, Osmar (MIlhem Cortaz), porém, descobre sobre o bilhete e faz de tudo para abocanhar o prêmio a fim de se safar de uma dívida de vida ou morte com a família da contraventora Violeta (Isabel Teixeira).
Cotidiano brasileiro
A sinopse define Volta por cima como uma trama sobre conquistas e o preço que estamos dispostos a pagar por elas. É também sobre dinheiro, e se ele pode estar acima dos laços familiares. Uma novela que envolve amor, humor, disputas e emoção, cruzando o cotidiano de diversas classes sociais.
Para a autora, Claudia Souto, o ponto maior de identificação com o público é trazer histórias que poderiam acontecer com quem está assistindo. "Nossos personagens enfrentam desafios que todos nós passamos todos os dias. São histórias possíveis de acontecer com quem está ao nosso lado no ônibus, com você mesmo. São histórias impactantes, mas possíveis de estar no seu caminho no dia a dia", explica.
Madalenas e Jãos existem aos milhares no Brasil: são pessoas que buscam diariamente uma vida melhor para si e suas famílias e precisam ‘se virar’ diante dos desafios que o destino muitas vezes impõe. "A novela de forma geral é muito humana, muito concreta no sentido de que todas as questões que a gente atravessa, defendendo o personagem, a gente também atravessa na vida. São situações cotidianas", endossa a atriz Jéssica Ellen.
Identificação com o povo
Para Amaury Lorenzo, Volta por cima é uma genuína novela brasileira. "São personagens que sempre têm algo a resolver, não são completos, e isso traz essa identificação com o brasileiro. São personagens carismáticos, tudo que o brasileiro noveleiro gosta", aposta o ator.
De acordo com Fabrício Boliveira, uma das qualidades de Volta por cima é a pegada suburbana carioca que reúne os subúrbios de todo o país. "A narrativa traz uma dinâmica de empatia, que é uma virtude do brasileiro que vai se reencontrar novamente na novela. Tem pegada de todos os subúrbios do Brasil, e a presença de atores diversos ratifica isso", observa, referindo-se a atores das regiões Norte, Sul e Nordeste e Centro-oeste do país no elenco. "O povo em primeiro plano. A novela Ela vem das pessoas, o colorido e o calor dos subúrbios, as culturas de um país que se encontram nesse microcosmo", resume o diretor artíistico, André Câmara.
Volta por cima é uma novela criada e escrita por Claudia Souto, com colaboração de Wendell Bendelack, Julia laks, Isadora Wilkinson e Juliana Peres. A novela tem direção artística de André Câmara e direção geral de Caetano Caruso. A produção é de Andrea Kelly e Lucas Zardo, e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim.
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