O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou, ontem, que "o Brasil quer ser parte da solução, e não parte do problema" na crise da Venezuela. Ele destacou a atuação do Ministério das Relações Exteriores na mediação.
"O MRE tem se posicionado, o Brasil tem buscado, junto com outros países da América e com o apoio da União Europeia, no sentido de uma mediação, de uma solução", ressaltou.
Segundo ele, "ou se apresenta de fato as provas da lisura da eleição, ou se tem que buscar uma solução para a situação da Venezuela". "Então, o Brasil quer continuar, vai insistir nesse papel de mediador junto com outros países da América. Agradeceu muito o apoio da União Europeia no documento que referenda a posição que o Brasil tem no sentido de buscar uma solução pacífica, numa solução que possibilite ao povo da Venezuela retomar a paz, o desenvolvimento", acrescentou.
Rui Costa destacou a importância da nação vizinha. "A condução do MRE, apoiada pelo presidente, é de o Brasil, seguindo sua história e sua tradição diplomática, buscar uma solução para um país importante, que tem uma fronteira enorme conosco", frisou. "Parte da solução no momento é a carta assinada pelo Brasil, que diz que as autoridades responsáveis pela eleição apresentem a tal das atas de votação por seção detalhada para que o mundo inteiro possa olhar."
Congresso
Ontem, a Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado aprovou pedidos para que o chanceler Mauro Vieira e o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, expliquem no colegiado a atuação do Brasil na crise da Venezuela. A embaixadora Gilvânia Maria de Oliveira também é esperada.
A sessão com Celso Amorim foi marcada pelo presidente da CRE, Renan Calheiros (MDB-AL), para a quinta-feira. "O ministro Mauro Vieira virá na sequência, nós ficamos apenas de combinar com o ministro e com os senadores uma data", informou o parlamentar.
*Estagiário sob supervisão
de Cida Barbosa