Fundador do site de agenda cultural Acha Brasília, o jornalista Renato Acha morreu nesta quinta-feira (15/8), aos 50 anos, após internação de pneumonia. Descrito como extremamente atencioso e criterioso com as coberturas jornalísticas, Acha era um entusiasta da cultura brasiliense e enxergava potencial em todas as cenas artísticas da cidade. O público fiel do site sempre conferia as matérias do jornalista por ter sido uma grande referência da cultura popular e erudita nacional.
Nascido na capital e formado em artes plásticas pela Universidade de Brasília (UnB), Acha se especializou em assessoria de cultura e dedicou a vida a isso. Com uma identidade visual marcante, sempre vestia um chapéu e os amigos o descreviam como onipresente em todos os eventos da cidade. Amiga de longa data, a fotojornalista Jacqueline Lisboa diz que a missão de vida do jornalista era falar sobre a cultura do DF e prestigiar a cidade onde enxergava potencial.
Em uma proposta de pauta por admirar a cobertura do jornalista, Acha e Jacqueline conectaram-se instantaneamente em uma amizade para além do trabalho: “Parecia que o conhecia há anos. Ele era muito inteligente e dedicado, conversar com ele era quase como assistir a uma aula”. A fotojornalista destaca que ele era tão comprometido com a causa a ponto de divulgar os artistas locais sem cobrar nada em troca.
O assessor de imprensa Rodrigo Machado conta que Acha era um destaque na cultura brasiliense e tinha uma relação íntima com a cidade. “Era muito querido e estava em todos os eventos”, conta. Bem-humorado e extremamente culto, o jornalista vai fazer falta. A DJ Hya Pires relembra como ele a ajudou na carreira ao escalá-la para tocar em vários lugares: “Serve de lembrete para nunca perdemos pessoas importantes de vista.”
A irmã de Acha, Sabrina Nunes, comenta que desde criança ele era um menino alegre, criativo e ligado às artes. O sonho de ter um site de cultura e eventos foi concretizado com a ajuda do sobrinho Lucas Rodrigues. “Era uma pessoa de coração raro, amoroso, espirituoso e sempre tinha uma frase engraçada para tudo. A lembrança que fica é da gargalhada sem igual”, emociona-se.
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