Junaiine participou do nascimento da banda Natiruts e das grandes composições de reggae até 2011. Após a colaboração de 17 anos com o grupo, o baterista estreia na carreira solo com o single Puro feeling. O compositor brasiliense inspirou-se na cena de surfe de Florianópolis na criação da faixa, com uma homenagem ao surfista cego Derek Rabelo.
Todo o instrumental da canção é de autoria do baterista. Já disponível nas plataformas de música pela Ditto, o single marca o começo dos lançamentos originais de Junaiine. O EP completo do artista tem previsão para ser lançando em 2025. Confira a entrevista do compositor ao Correio.
Como foi a transição de baterista do Natiruts para artista solo?
Super natural, sinto que nasci com a missão de ser músico e tudo que fiz nos 17 anos em que integrei o Natiruts, desde o início, foi com muita entrega e responsabilidade.
O que mais te inspirou na história de vida do Derek Rabelo para compor Puro Feeling?
O Derek é meu parceiro de treino em Florianópolis e me pediu para fazer uma música para ele. No primeiro momento, falei que uma composição não era tão simples assim, que tinha que ter uma inspiração para isso, mas essa inspiração veio pouco tempo depois, afinal, acho o Derek um exemplo em todos aspectos. Recebi uma luz que me motivou a escrever o que ele representa para mim. A letra expressa exatamente o que ele é: Puro feeling. Usei a liberdade poética para me imaginar no lugar dele, porque também surfo e sei o grau de dificuldade desse esporte. As ondas que ele pega mesmo sem vê-las, é impressionante!
Como foi o processo de criação de todo o instrumental da canção sozinho?
O instrumental de todas as minhas músicas começam com a bateria e já com a ideia de todos os arranjos pré-prontos, mas deixo as ideias virem conforme vou tocando. Como o Derek é surfista e uma pessoa leve, quis trazer essa sonoridade para Puro Feeling, guiada pelo solo de guitarra havaiana. Na minha carreira solo, faço a composição da letra, das baterias, arranjos de guitarras, baixo, etc… Com produção, direção, arranjos, vou me virando como posso.
Você encontrou algum desafio específico ao trabalhar sozinho em Puro Feeling?
Talvez o maior desafio tenha sido escolher quem deveria entrar no vocal de Puro Feeling. No processo, tive a ideia de chamar Paulinho Freitas, músico e surfista cearense radicado em Floripa.
Qual foi a sensação de ouvir Puro Feeling finalizada pela primeira vez?
Foi muito boa, pois até finalizar a música e masterizar, fiquei mexendo minuciosamente nela até sentir que ficou 100%.
Como foi a escolha de Paulinho Freitas para os vocais dessa faixa?
O Paulinho é meu parceiro há muito tempo. Gosto muito do trabalho e da filosofia de vida dele, além dele também ser surfista.
O que podemos esperar das outras faixas do seu primeiro EP?
Diversidade nos estilos de música. Algumas têm sonoridades mais leves, outras mais pesadas, todas com arranjos e produções meticulosamente feitas, além de mensagens motivacionais nas letras.
Como Florianópolis e a cena de surfe influenciaram sua música?
Florianópolis é uma cidade com muitas paisagens inspiradoras e o surf é um esporte inserido em meio à natureza. Essa combinação me inspira muito a fazer um som pra cima e com muita energia.
Há outros projetos ou colaborações que você está planejando para o futuro?
No momento, estou focado 100% nesse projeto solo e na idealização dos shows da turnê.
Como a experiência no Natiruts ajudou a moldar sua abordagem na carreira solo?
Desde a fundação do Natiruts, aprendi muito com tudo que passei, com a experiência de gravar com grandes produtores, como Liminha, Tom Capone e Mad Professor; além de colaborar com outros artistas e participar de turnês nacionais e internacionais. Tudo isso me deu bagagem para chegar onde cheguei.
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