Compositor, instrumentista, poeta e professor de Universidade de Brasília (UnB), Clodo Ferreira morreu, aos 72 anos, na manhã desta terça-feira (16/7), no Hospital Brasília. Ele estava internado para o tratamento de seis tipos de câncer.
Clodo tocava contrabaixo e guitarra e era conhecido pelas parcerias com Fagner em canções como Ave coração e Corda de aço. Fagner também gravou Revelação, composta por Clodo e pelos irmãos, Clésio e Climério, com quem dividiu várias parcerias. Petrúcio Maia, com quem compôs Cebola cortada, e Rodger Rogério, com quem divide a criação de Ponta de lápis, eram outros parceiros constantes.
Clodo nasceu em Teresina (PI), mas começou a vida musical em Brasília, para onde se mudou ainda garoto. Aos 15 anos, em 1965, entrou para a banda Os Geniais e, mais tarde, para Os quadradões, ambas conhecidas por animar os bailes de uma Brasília que acabava de nascer. Taguatinga era a base da turma de Clodo, um centro roqueiro que irradiava música e cultura para o DF.
Em parceria com os irmãos Climério e Clésio, Clodo gravou o primeiro disco em 1977. São Piauí teve produção do compositor cearense Ednardo e participação de nomes como Robertinho do Recife, Roberto Sion, Heraldo do Monte e Amelinha. O segundo disco, Chapada do Corisco, veio dois anos depois, em 1979. Em 1981, em mais uma parceria com os irmãos, Ferreira foi idealizado por Fagner e gravado no estúdio de Dominguinhos. Em 2002 veio o disco Gravura e, em 2002, Clodo Ferreira interpreta Sinhô. O mais recente, Calendário, tem 14 faixas compostas para trio de sopros e gravadas pelo grupo Nós na madeira. O disco foi lançado em março deste ano. Além disso, ele teve músicas interpretadas por artistas como Nara Leão, Milton Nascimento, MPB-4, Ângela Maria, Ney Matogrosso, Zizi Possi e Dominguinhos.
Na UnB, Clodo Ferreira dava aulas na Faculdade de Comunicação (FAC), na qual ministrou disciplinas como Comunicação e Música e Criatividade.
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