Mais de 40 filmes que representam a produção em cinema de 10 países estarão reunidos na segunda edição do Bonito CineSur — Festival de Cinema Sul-Americano, cuja direção geral é de Nilson Rodrigues, que desenvolveu até 2017, o FicBrasília (festival internacional de cinema da capital). Evento com caráter competitivo, o festival será entre a próxima sexta (19/7) e 27 de julho, no Mato Grosso do Sul. Mais de R$ 50 mil em prêmios estão em jogo, junto com a entrega de troféus Pantanal.
Ao lado do cineasta Jorge Bodanzky, sempre ligado a um cinema que destaca assuntos ambientais, será homenageado pela exibição de Terceiro milênio (1981). Com expressão internacional, Bodanzky, que estudou na Universidade de Brasília, se alinhará, no certame, à projeção do convidado Reginaldo Faria. Do irmão dele, Roberto Farias, será mostrado o longa Selva trágica, que cerca o cotidiano de trabalhadores cujo tratamento se aproximava ao de escravos.
Expressões culturais e sinônimos delas emplacam em filmes concorrentes como Luiz Melodia — No coração do Brasil, de Alessandra Dorgan, e A voz de Guadakan, de Joel Pizzini, em torno da escritora Gleycielli Nonato, primeira autora indígena do Mato Grosso do Sul. Fitas com temática ambiental também estarão em alta, caso de Warmis: guardianas del agua, sobre preservação de fontes de água na Bolívia e Somos y seremos mar, no qual mulheres indígenas se destinam a Buenos Aires, com a finalidade de preservar territórios. La cadena é outro filme que parece marcante, com redes de equatorianos defendendo terreno de empresas mineradoras.