O julgamento que acusa o ator Alec Baldwin de homicídio culposo foi anulado pela justiça, nesta sexta-feira (12/7), com base na alegação de ocultação de provas. Essa decisão significou uma reviravolta surpreendente no processo que buscava esclarecer a responsabilidade do ator na tragédia que abalou o set do filme Rust.
A tragédia no set de filmagens ocorreu em 2021, durante um ensaio no set de filmagem no Novo México, no Estados Unidos. Alec Baldwin empunhava um revólver Colt calibre 45 quando uma bala foi disparada, ferindo fatalmente a diretora de fotografia Halyna Hutchins.
O astro de Hollywood, após a tragédia, disse estar com "coração partido". No julgamento desta sexta, os advogados de Baldwin argumentaram que ele não tinha responsabilidade em verificar o conteúdo da arma e não sabia que ela continha munições reais.
Arma danificada
Segundo informações da AFP, a defesa de Baldwin apontou que o FBI danificou a arma usada pelo ator. Isso, portanto, impedia impedia a contestação das conclusões da perícia. Representantes do ator apresentaram uma moção para anular o processo por prejuízo à defesa, argumentando que o Estado não lhes proporcionou acesso a uma evidência.
Após interrogatórios de pessoas relacionadas com a perícia que trouxeram dúvidas sobre a utilização da prova mencionada e sobre a parcialidade da promotora Kari Morrissey, a juíza Mary Marlowe Sommer colocou ponto final ao caso.
"A retenção voluntária dessa informação por parte do Estado foi intencional e deliberada", disse Sommer. "Se tal conduta não chega ao nível de má-fé, certamente chega tão perto da má-fé que mostra sinais de prejuízos flagrantes."
"O tribunal conclui que essa conduta é altamente prejudicial ao réu. Sua moção para anular o caso em definitivo está concedida", acrescentou.
Baldwin explodiu em lágrimas e abraçou os advogados ao ouvir a decisão. No fundo, a esposa dele também começou a chorar.
*Com informações da AFP