Cinema

Deadpool & Wolverine' chega ao cinema; saiba o que esperar

Pela primeira vez mesclando um x-man ao universo dos Vingadores (administrado sempre pela Marvel), o longa demarca uma notável quebra de barreiras

 Hugh Jackman: por mais de dez vezes Wolverine -  (crédito:  20th Century Studios/Marvel Studios)
Hugh Jackman: por mais de dez vezes Wolverine - (crédito: 20th Century Studios/Marvel Studios)

No mar de incertezas em que jogam os divulgadores do novo filme do universo Marvel, Deadpool & Wolverine, são poucos os fatos concretos: há segurança da mescla de franquias de ampla aceitação junto ao público. Além disso, a amizade entre os heróis mais descarados dos quadrinhos se concretiza, na vida real, entre os intérpretes Ryan Reynolds e Hugh Jackman. Tudo vem refletido nos dividendos: juntos, os cinco filmes dos desbocados e safos heróis ultrapassam a casa dos US$ 2,5 bilhões. O filme sob o selo da gigante Disney tem invólucro tão pop que Madonna, em particular, opinou no contexto do roteiro para o uso do sucesso dela de 1989, Like a prayer, numa consultoria informal, mas que resultou em assertiva interferência, como ressaltaram os criadores. O novo longa-metragem tem pré-estreias hoje, em vários cinemas da capital, um dia antes da data oficial de lançamento.

Com um filme sobre RPG (não à toa estrelado por Reynolds) no currículo, Free Guy — Assumindo o controle, o cineasta Shawn Levy teve a faca e o queijo na mão para se afundar no multiverso que cerca os protagonistas e traz infinitas variantes de situações e de aparições para a mesma dupla de heróis. Wolverine desponta com a estatura limitada, com adereço de tapa-olho e ainda na perspectiva Feral. Para além da questão visual, o longa dispõe de músicas do NSYNC, caso de Bye, bye, bye, e de Avril Lavigne, I’m with you, títulos certeiros na trilha sonora. Vale a lembrança que o novo longa sucede As Marvels, em termos de lançamentos do estúdio.

Comicidade e ação pontuam o filme que, num caso isolado, tem indicação para público maior de 18 anos. Mas nunca incorrendo no “uso pelo uso” de atributos adultos, pelo que correu em adiantar o presidente da Marvel Studios Kevin Feige. Deadpool & Wolverine mente Disney, após a compra da Fox, inicialmente, a apresenta o primeiro produto genuinacasa de produção dos filmes de X-Men, berço para o sucesso solo de Wolverine. Pela primeira vez mesclando um x-man ao universo dos Vingadores (administrado sempre pela Marvel), o longa demarca uma notável quebra de barreiras. O clima de fusão também promete se instalar no enredo. Quem garantiu, aliás, foi Ryan Reynolds — também corroteirista e produtor do filme — hábil em vender a ideia de que o novo filme conta com “começo, meio e fim”, e que ainda sublinha ter estendido o conteúdo da história para todos, “iniciados ou não”.

Um dado curioso incrementa os bastidores da produção, com a participação, entre outros, do técnico brasileiro Maurício de Oliveira no departamento dos efeitos visuais que contaram com o respaldo da Industrial Light & Magic, famosa empresa fundada em meados dos anos de 1970 pelo mago George Lucas. O novo longa chega após avalanche de críticas aos efeitos digitais nas produções Marvel. E, em tempo, ainda não há quem esqueça do vazamento das imagens de X-Men Origens: Wolverine, em 2009. Wolverine, que teve mais de meia dúzia de aparições nos filmes dos X-Men, àquela época, não sentiu os efeitos do impacto financeiro sobre o filme: mesmo com o vazamento, foram arrecadados US$ 375 milhões. Investigado pelo FBI, o autor do vazamento da fita esteve sujeito a três anos de prisão e multa de US$ 250 mil.

Com mais de 1,5 bilhão de dólares coletados com os dois primeiros filmes estrelados por Deadpool, Reynolds foi dos responsáveis por estimular o retorno do amigo Hugh Jackman, ao set, no qual reassumiu o papel largado em 2017, com a estrada liquidada do herói, morto no longa Logan. Com o provável impulso no ânimo da Marvel, que teve a aceitação do grande público limitada (desde o lançamento de Guardiões da Galáxia Vol. 3), Deadpool & Wolverine revigorou a importância sentida por Jackman. Ele já admitiu, aos 55 anos, que o sistemático envolvimento com os musicais da Broadway ativam a perpétua demanda física com as cenas de ação. 

Se paira a dúvida da adesão da atriz Blake Lively (casada com Ryan Reynolds desde 2012) no novo filme, estão asseguradas muitas participações e personagens. Dogpool, um cachorro inusitado, estará em cena, assim como X-23, heroína e filha de Logan, interpretada por Dafne Keen. Ao lado da inesperada presença da misteriosa personagem Lady Deadpool, estarão em cena personagens como Blind All, Colossus, Vanessa, Cassandra Nova e Paradox. Emma Corrin, Morena Baccarin e Matthew Macfadyen estão no elenco.

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postado em 24/07/2024 06:01 / atualizado em 09/08/2024 17:28
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