CULTURA

Show de Zeca Baleiro encerra encontro da 16ª Aldeia Multiétnica

O espetáculo dá início ao14º Encontro de Culturas; palco foi comandado por artistas indígenas que levaram músicas autorais em português e nos idiomas latinos

Zeca Baleiro -  (crédito: Divulgação/João Paulo Morais Guimarães)
Zeca Baleiro - (crédito: Divulgação/João Paulo Morais Guimarães)

O show cantor Zeca Baleiro na 16ª Aldeia Multiétnica no sábado (20/7) marcou o final do encontro de oito dias e o início de mais atrações no 14º Encontro de Culturas da Chapada dos Veadeiros. Agora, o espetáculo vai às ruas da Vila de São Jorge com programações que vão de 21 a 27 de julho.

O cantor maranhense embalou o público com grandes sucessos da carreira e com a canção mais esperada da noite: De longe toda terra é azul. A música é trilha sonora e carrega o nome do filme De longe toda terra é azul: memórias de um indigenista. O longa, por sua vez, carrega o título do livro em que foi inspirado, de autoria do indigenista Fernando Schiavini. Os registros documentais narram a vida de Fernando pelas aldeias em que passou, em especial junto ao povo Krahô, em Tocantins.

Amigo de longa data do diretor do longa-metragem, Neto Borges, Zeca contou como foi a experiência de estar pela primeira vez em uma aldeia e falou sobre a emoção de estar no local. "Eu venho do Maranhão, um estado com uma grande população indígena, mas nunca tinha tido esse contato mais íntimo de passar uma semana", destacou.

"Isso é informação, é cultura no sentido mais amplo da palavra", afirma. "Pretendo voltar porque fiz amigos lá".

Quem também brilhou no show de Zeca foi o cantor e prefeito da aldeia Krahô, Kukon Krahô. Figura importante da história da Aldeia Multiétnica, ele entoou cantos tradicionais do povo.

Show de encerramento da XVI Aldeia Multiétnica
Show de encerramento da XVI Aldeia Multiétnica (foto: Divulgação/João Paulo Morais Guimarães )

Mais cedo, o espetáculo foi comandado por músicos indígenas de diversas etnias. Os artistas Towê Fulni-ô e coral, Kamukayaka Lappa Yawalapiti, Heloisa Kariri Xocó, Tainara Takua Guarani M'byá, Sadith Shipibo
Yoran, Aritana e Thulnifowá Fulni-ô levaram canções autorais em português e nas línguas tradicionais das etnias, com ritmos que vão desde cânticos com maracás até o reggae.

Confira a entrevista: 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 21/07/2024 20:17 / atualizado em 21/07/2024 23:09
x