Importado, principalmente, da Ásia, o fenômeno editorial da healing fiction chega ao Brasil com histórias nas quais os conflitos internos dos personagens ganham protagonismo. Confira alguns dos títulos do gênero.
Os mistérios do restaurante Kamogawa, de Hisahi Kashiwai: a especialidade do Kamagowa não é um prato específico. Na verdade, pai e filha se dedicam a recriar refeições significativas para os clientes, que encontram na memória gustativa um afago.
Verônica e os pinguins, de Hazel Prior: entediada e solitária, uma inglesa de 85 anos decide ajudar os pinguins imperadores, ameaçados na Antártida. Na viagem, as simpáticas aves não são as únicas a serem salvas.
O que resta de nós, de Virginie Grimaldi: solitária e precisando de um dinheirinho extra, uma viúva parisiense resolve alugar quartos de seu apartamento para um jovem órfão e uma misteriosa gestante na faixa dos 30 anos. Bem-vindos à livraria Hyunam-dong, de Hwang Bo-Reum: mais que uma loja de livros, a livraria de Seul transforma-se em um espaço de autoconhecimento e redenção.
A biblioteca dos sonhos secretos, de Michiko Aoyama: a bibliotecária japonesa Sayuri Komachi sabe exatamente qual livro o frequentador daquele espaço precisa levar para casa. Mesmo que, à primeira vista, o título não faça qualquer sentido.
Os meus dias na livraria Morisaki, de Satoshi Yagisawa: desempregada, iludida pelo ex-namorado e sem perspectiva na vida, uma jovem é convidada pelo tio a morar no andar de cima da livraria da família.
Antes que o café esfrie, de Toshikazu Kawaguchi: adaptado de uma peça teatral, fez tanto sucesso que, no Japão, já há oito livros da série. Em um pequeno café, é possível voltar ao tempo e reviva um momento do passado, sem, contudo, tentar alterá-lo.
A inconveniente loja de conveniência, de Kim Ho-yeon: a dona de uma loja de conveniências de Seul resolve dar uma chance a um homem em situação de rua que encontra, no metrô, os pertences roubados da idosa.
A lanterna das memórias perdidas, de Sanaka Hiiragi: no limiar da morte, pessoas são convidadas a recriar suas vidas em um carrossel de fotos, uma para cada ano. Quem as recebe no estúdio da "passagem" é um homem condenado a não se lembrar do próprio passado.