Com apresentações em São Paulo e no Rio de Janeiro, o projeto Russian seasons tem início nesta segunda-feira (17/6) com uma programação que vai ocupar o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a Casa de Cultura Laura Alvim e o Teatro Riachuelo, ambos no Rio, e no Teatro São Pedro e Escola de Dança de São Paulo.
Entre os artistas que se apresentam nas capitais fluminense e paulista estão o baixista Ildar Abdrazakov, que já tocou em casas como o Scalla de Milão e o Metropolitan de Nova York, a mezzo-soprana Zinaida Tsarenko, o pianista Sergei Davydchenko e o violinista Daniil Kogan. Conduzida pelo maestro russo Denis Vlasenko, a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa também participa do projeto, que tem inauguração nesta segunda, com uma apresentação solene no Municipal do Rio de Janeiro.
O Russian seasons é uma iniciativa que procura aproximar as culturas brasileira e russa. “Isso faz parte de um programa de aproximação entre os dois países, que têm uma relação sólida. Esse programa ajuda a fortalecer as relações culturais, mas também econômicas e políticas”, explica Bruno Tenório, um dos idealizadores do projeto. ”O objetivo é gerar uma constância de relações entre os dois países, uma interação entre artistas locais e russos. O ponto principal é a questão da aproximação cultural. O Brasil é um país que sempre teve uma relação muito positiva e neutra com a Rússia”, diz.
Além das apresentações e dos concertos, haverá também uma série de palestras. Nesta terça-feira (18/6), Dmitry Dmitrienko, diretor artístico e maestro-chefe do State Academic Russian Folk Ensemble, faz uma palestra sobre a cultura russa. Na quarta-feira (19/6), o Conjunto Acadêmico Estatal de Folclore Russo faz uma homenagem a Lyudmila Zykina, cantora tradicional de música popular do país. “A gente tem oportunidade de trazer artistas renomados. O Brasil e a Rússia estão celebrando 220 anos de relações culturais. É um longo caminho de relações que envolvem, inclusive, o balé. Vários bailarinos passaram pelo Brasil deixando uma forte influência. O corpo de dança do Municipal utiliza a metodologia Vaganova, que inclusive estamos trazendo a São Paulo. Isso influenciou uma série de bailarinos no Brasil”, explica Bruno. Fazem parte ainda da programação uma exposição de artes e ofícios russos.