O projeto Choro livre convida, nesta quarta-feira (5/6), tem como atrações musicais os instrumentistas João Dias, George Lacerda e Felipe Nunes, no palco do Complexo cultural do choro.
A partir das 19h30, o trio de artistas se junta ao grupo formado por Reco do Bandolim, Henrique Neto (violão de sete cordas), George Costa (violão de seis cordas), Marcio Marinho (cavaquinho) e Valério Xavier (percussão) para tocar choro e samba.
João Dias estudou violino erudito na Escola de música de Brasília e na UnB, e fez parte da Orquestra filarmônica de Brasília e da Camerata de cordas da universidade. Ele abandonou as orquestras sinfônicas para se dedicar totalmente à música popular por sentir falta da representatividade e inclusão de pessoas negras na música erudita.
"Um amigo sugeriu que eu tocasse em uma roda de samba e me apaixonei. O violino traz o estereótipo do elitismo, mas pode ser integrado a qualquer estilo musical. O choro é um gênero complexo, agrega as melodias carregadas de sentimento com diversas movimentações virtuosas, cenário perfeito para a implementação do instrumento", diz João. Atualmente, ele integra o quinteto brasiliense Forró Cobogó.
O violinista percebe Brasília como um expoente de diversos estilos musicais, o choro sendo um dos carros-chefes entre eles. "É fundamental que haja eventos como esse para propiciar o acesso de estilos que não são tão comerciais, como sertanejo ou pagode, à população brasiliense", ressalta.
George Lacerda é um dos nomes mais conhecidos da cena do samba na cidade. Além de cantor e compositor formado em música pela UnB, com dois CDs gravados, é professor de percussão da Escola de música de Brasília e faz trilhas sonoras para cinema e teatro.
O cantor se sente lisonjeado pelo convite do projeto de ser uma das atrações e afirma que é um dos eventos mais antigos, importantes e representativos do gênero musical na cidade. "Em formato de roda, temos contato com o público em um show espontâneo e alegre", comemora.
Felipe Nunes, também formado em música pela UnB, é um dos expoentes da nova geração de instrumentistas da cidade. Aos 11 anos, começou a estudar bandolim na Escola brasileira de choro, da qual hoje é professor. Além de intérprete, também é compositor e arranjador. Em 2022, gravou o disco Porta, com músicas autorais. Seu repertório percorre o choro, o samba, a MPB e o jazz.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco
Serviço
Choro livre convida João Dias, George Lacerda e Felipe Nunes
Nesta quarta-feira (5/6), às 19h30, no Clube do Choro (Setor de Divulgação Cultural - Eixo Monumental).
Acesso livre e gratuito.