Juliana Xavier é um desses casos em que o cidadão médio que acompanha televisão olha e pensa: "Vem cá, eu te conheço, né?" Não é à toa. A moça é famosa por seus trabalhos na Record TV, emissora onde iniciou carreira artística ainda criança — com apenas 11 anos, na novela Bicho do Mato (2006) — e a consolidou, na saga Mutantes — trilogia de sucesso em que esteve entre 2007 e 2009. Os anos se passaram, a menina cresceu e, ainda que não tenha ficado nem um ano sequer sem atuar, desponta novamente para o grande público agora, ao participar da série Justiça 2, do Globoplay, em que surge adulta e em um personagem bem diferente de tudo o que ela já fez.
Para a atriz, o público cativo acompanhou esse crescimento e não foram pegos de surpresa. "Hoje, muitas pessoas comentam, mas as pessoas que me acompanham me viram crescer e se orgulham dessa evolução", afirmou ao Correio. Com mais de 400 mil seguidores, Juliana utiliza as redes sociais como instrumento de conexão e conversas com seu público. "Eu me comunico bastante pelo Instagram e, embora não consiga falar com todo mundo, eu busco interagir, responder comentários. É muito legal receber esse retorno imediato quando as cenas vão ao ar", completou.
Esse é o seu primeiro papel adulto da atriz na Globo, após duas temporadas da telenovela Malhação. "Estou muito feliz de poder voltar à emissora com um papel tão importante como esse. Um verdadeiro desafio colocado em minhas mãos. Fiquei muito feliz de ter sido escolhida para fazer parte desse projeto tão incrível", afirmou a intérprete de Luara, uma garota de programa linda, sensual, ambiciosa e de caráter dúbio que incendiou a agência Las Primas, chefiada pela cafetina Kellen (Leandra Leal).
Personagem-chave, a jovem prostituta esteve envolvida em duas das quatro tramas principais que se entrelaçam na segunda parte da antologia criada por Manuela Dias. Embora tenha tido cenas marcantes com a mocinha Carolina (Alice Wegman) e com o vilão Jayme (Murilo Benício), protagonistas do segundo episódio da semana, é com o trio formado por Milena (Nanda Costa), Jordana (Paolla Oliveira) e Egisto (Marcello Novaes) que a jovem se envolve com maior profundidade, tornando-se um elo importante de, pelo menos, dois assassinatos.
A criadora, obviamente, defende sua criação. "Luara é ambiciosa, começou a enfrentar coisas muito cedo na vida, teve que se fortalecer e não se esqueceu do poder que ela tem, que é o charme. Ela tem essa leveza na vida, o que a torna inconsequente. Mas o sonho dessa menina era ter um trabalho formal, e dá pena nas pessoas, porque ela vacila, mas é um ser humano. Ela fez as melhores escolhas que estavam ao alcance dela, mas as consequências estão aí", descreveu Juliana.
Filha de Brasília
Justiça 2 não somente marca o retorno da atriz à Globo, mas também à própria origem. É que a produção teve muitas cenas externas gravadas em Brasília, cidade natal de Juliana. Entretanto, a brasiliense nos documentos oficiais praticamente não viveu no Distrito Federal, já que os pais se mudaram para o interior do Rio de Janeiro quando ela tinha 2 anos de idade. "Meu pai era professor na Universidade de Brasília (UnB) e, quando se aposentou, decidiu ir embora", contou, frisando que o irmão, o também ator Ricky Tavares, que tinha 5 anos à época, tem mais lembranças da cidade que ela.
Agora, graças a esse trabalho, teve a oportunidade de retornar e conhecer melhor o local que foi seu berço. "Passei um mês e meio em Brasília, foi uma experiência muito legal, poder sentir a energia da cidade. Nos dias de folga, visitei pontos turísticos. Brasília tem uma cara muito específica, uma atmosfera bacana. O clima daí é bem agradável. E poder fazer o que mais amo na vida, na minha cidade natal, até me arrepio", comemorou a jovem de 29 anos, que, por uma feliz coincidência, nasceu em 21 de abril. "Eu comemorei meu aniversário de 2023 na cidade que nasci", contou.
Juliana relata que o convite para Justiça 2 veio por meio de um teste, pelas mãos da produtora de elenco Marcella Bergamo, mas esse teve um sabor especial. "Ao longo da carreira, a gente faz muitos testes, e sabe que a escolha depende de muitos fatores. Então, eu não crio expectativa, apenas torço para funcionar. Mas, dessa vez, veio logo a questão de eu ter nascido em Brasília, e isso mexeu comigo em um lugar afetivo muito especial", acrescentou.
Com uma carreira de quase 20 anos, a atriz, graduada em cinema pela faculdade Estácio de Sá, além de Luara em Justiça 2, também está no ar na Record, como Maaca, na 10ª e, agora, na 11ª temporada da série Reis. "São duas personagens super diferentes, mas ambas com caráter duvidoso e desafiadoras. Até para comparar, mesmo que não haja comparação, a essência das personagens está ali. Me sinto abençoada por estar com dois projetos no ar", comemorou Juliana, que também esteve em Jesus (2018), como Maria, a mãe de Cristo.
"As novelas bíblicas representam um lugar bem diferente, mas, como atriz, sou apta para transitar pelo mais diversos tipos de personagens. E eu quero explorar todas elas. Quero vilãs, quero boazinhas, quero todo o tipo de mulher real, expor essa realidade para o mundo, gerar identificação, sabe? As produções bíblicas têm um espaço importante na minha vida. Gosto de personagens que toquem o coração", finalizou.
Saiba Mais
-
Diversão e Arte MC Brinquedo sofre acidente de carro e desabafa: ‘Milagre’
-
Diversão e Arte Maíra Cardi e Thiago Nigro falam sobre adoção e planos de aumentar a família
-
Diversão e Arte SBT desmente rumor de sexo em camarim da emissora
-
Diversão e Arte Esculturas de Amilcar de Castro serão expostas no Jardim Burle Marx até 2026