Para celebrar o mês do orgulho LGBTQIA+, o Programa Educativo do CCBB Brasília faz um sarau especial com as poetisas brasilienses Maria Léo Araruna e Fabi Souza neste sábado (29/6), às 17h. A entrada é gratuita, com a retirada de ingressos na bilheteria física do espaço ou pelo site do CCBB.
Um dia após o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (28/6), a também escritora e atriz trans Maria Léo Araruna apresentará uma pesquisa artística sobre violência de gênero no sarau Vozes da Diversidade. Em 2018, Maria Léo lançou o livro Bricolagem Travesti, o qual traz reflexões sobre o que é ser uma travesti.
A atriz Maria Léo sempre teve o sonho de se apresentar no CCBB, pelo que o local representa para a cultura da cidade. No espaço, Maria irá apresentar o solo Manifesto Traveco-Cyborg, projeto que utiliza para "deslocar algumas ideias cristalizadas no público".
“Quando a gente é trans, a gente acaba tendo uma consciência muito detalhada e sensorial dos limites do gênero. Esse processo de transição, que é imaginativo, faz com que eu me torne mais aberta, mais porosa, à criatividade. Então, isso mobiliza a minha vontade de transformar o mundo. E a arte, para mim, é exatamente isso, é essa ação no mundo que desloca significados”, conta a artista.
Sobre a importância de eventos que foquem na comunidade LGBTQIA+, Maria Léo comenta: "É muito importante que a cidade se abra para a pluralidade que é inerente a ela. Então, a existência de pontos de cultura, de construção de saraus artísticos que são voltados para a comunidade LGBTQIA+ são muito importantes, porque eles dão visibilidade para artistas da cidade", avalia.
"É uma forma dos próprios brasilienses voltarem-se para si mesmos e lembrarem que estão em uma cidade que é pluralista. É uma possibilidade também da gente traduzir os nossos anseios para a linguagem do outro e fazer o outro compreender a gente”, finaliza Maria.
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Já Fabi Souza também lerá poemas de sua autoria. Começou sua carreira em 2019 com a poesia marginal. Estudante e pesquisadora das artes, é autora de obra que questiona o cotidiano social por meio de experiências como mulher negra, pansexual e periférica.
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