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FESTIVAL

SuperJazz Festival mistura referências como samba, carimbó, forró e jazz

O Arraiá do Jazz promove um diálogo sonoro entre o forró, os tradicionais ritmos brasileiros e o improviso do estilo musical

Flor Furacão mistura referências como samba, carimbó, forró e jazz -  (crédito: Arquivo Pessoal)
Flor Furacão mistura referências como samba, carimbó, forró e jazz - (crédito: Arquivo Pessoal)

A terceira edição do festival SuperJazz chega aos jardins do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) nesta quarta-feira, desta vez em clima de São João. O Arraiá do Jazz promove um diálogo sonoro entre o forró, os tradicionais ritmos brasileiros e o improviso do estilo musical.

Os shows desta semana começam com um sunset animado da DJ Cacai Nunes, do Forró de Vitrola, seguido do Trio Nós 3 com as convidadas Debora Sasb e Sofia de Faveri. Flor Furacão e o Forró Jazz do Cerrado, ao lado do acordeonista Junior Ferreira, encerram a noite com o Arraiá do Jazz, que celebra as festas juninas e também o aniversário de Flor. 

O festival ocorre ao longo de sete semanas nos jardins do CCBB, sempre às quartas-feiras, em celebração ao jazz e à música afro-brasileira. A última edição marcou a segunda semana e contou com shows de Indiana Nomma, DJ Odara e Real Gang. Para unir estilos, gerações e artistas do gênero musical, as apresentações nos gramados ocorrem de forma gratuita.

Ao perceber que as composições que tocava no piano acabavam virando xotes, Flor Furacão decidiu chamar as criações de 'forró jazz'. O resultado foi uma mistura de ambos os gêneros, que a cantora harmonizou em um diálogo agradável. Uma semelhança entre os dois sons é o uso de instrumentos variados. "Junto cavaco com guitarra, teclado, sanfona, percussão, bateria, baixo… O resultado final é muito legal!", comemora.

O projeto Forró Jazz do Cerrado recebeu esse nome porque o referencial de beleza e criatividade de Flor é o próprio cerrado onde vive. "Minhas poesias são características de alguém que vive aqui. Trago a perspectiva de quem mora nessa terra seca e molhada", diz.

O Coletivo Superjazz é um grande parceiro da cantora e foi o idealizador do projeto, Dudão Mello, que a apresentou ao convidado especial do show desta semana. O acordeonista Junior Ferreira soma a apresentação de Flor com uma sanfona tradicional em uma união impactante. "O repertório será dançante, para esquentar as pessoas no clima junino. Vai ter músicas autorais, interpretações e até uma pitada de música instrumental, pois os instrumentos têm a mesma importância da voz principal", antecipa.

O trabalho de Flor reflete as referências latinas e afro-brasileiras presentes desde a infância da artista. "Acho que sou muito mais uma poetisa do que uma musicista. A poesia é sempre uma inspiração", garante. Ela compõe e interpreta canções de variadas expressões musicais, abrangendo samba, choro, carimbó, música de tradição oral e terreiro, forró, MPB, pop, funk, música latina e jazz.

Flor se descreve como uma artista que gosta de viver o momento e suas performances sempre são intensas e constroem uma narrativa. Nas vésperas do aniversário, a cantora comemora celebrando quem ela é. "Meu aniversário tem um valor duplo para mim, pois dia 28 também é o Dia do orgulho LGBT. É muito bom estar viva e festejar o orgulho de ser uma travesti!", argumenta.

Superjazz festival

De 12 de junho a 24 de julho, às quartas-feiras, a partir das 17h, no CCBB Brasília. Ingressos gratuitos mediante retirada do site ou bilheteria física do CCBB. Classificação indicativa livre.

 *Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco

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postado em 25/06/2024 06:28 / atualizado em 25/06/2024 07:00
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