A poetisa, escritora e filósofa Adélia Prado é a vencedora do Prêmio Machado de Assis 2024, promovido pela Academia Brasileira de Letras (ABL). É a premiação literária mais antiga do país, entregue desde 1941, e que já premiou 10 mulheres — sendo Adélia a 11ª contemplada.
A entrega do prêmio ocorrerá em 19 de julho, no aniversário da ABL, ocasião em que Adélia Prado receberá prêmio de R$ 100 mil.
De acordo com a academia, a escritora de 89 anos é considerada a "maior poetisa viva do Brasil e uma das maiores de todos os tempos". Adélia escreve desde os 15 anos, movida pela morte da mãe. Desde então, não parou de escrever. Lançou o livro de poemas Bagagem em 1976, e Coração Disparado, em 1977, este último tendo ganhado o prêmio Jabuti do ano seguinte.
Autora versátil, também escreveu livros em prosa e infantis. Em sua obra, costuma colocar a perspectiva feminina e destacar o cotidiano sob o olhar feminino.
Para o secretário geral da ABL, Antonio Carlos Secchin, Adélia Prado reúne o intuitivo com consciência técnica e originalidade. "A poesia brasileira está em festa hoje com o reconhecimento da vitória e da obtenção do grande prêmio Machado de Assis", celebrou.
Hoje com 89 anos, Adélia mora em Divinópolis (MG) e pouco sai de lá, mas sempre recita suas poesias no Instagram. Este ano, porém, promete novidades: além do prêmio Machado de Assis, a autora se prepara para lançar o livro Jardim das Oliveiras (título provisório), que faz referência ao local onde Jesus rezou na véspera da crucificação.
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