Livro

Livro sobre a geração de 1964 é lançado hoje no Sebinho

'1964: Eu era criança e vivi' será lançado às 17h. A obra é uma coletânea de 19 histórias de diferentes pessoas, de 6 a 14 anos na época, que viveram em Brasília ou no Rio de Janeiro no período da ditadura militar

A obra está disponível para compra na livraria Sebinho e no site da Caravana -  (crédito: Reprodução)
A obra está disponível para compra na livraria Sebinho e no site da Caravana - (crédito: Reprodução)

Hoje, a partir das 17h, o livro 1964: Eu era criança e vivi será lançado na livraria Sebinho, na 406 Norte. A obra é uma coletânea de 19 histórias de diferentes pessoas, de 6 a 14 anos na época, que viveram em Brasília ou no Rio de Janeiro no período da ditadura militar. Organizado por Márcio Vianna e Rita Nardelli, os texto sãos escrito por autores de diversas profissões. 

Para 1964: Eu era criança e vivi, Rita Nardelli optou por pessoas que eram amigas dela ou do co-colaborador: "Escolhemos as que tinham alguma experiência dolorosa com o golpe militar". Já Márcio Vianna teve a ideia do trabalho literário há 10 anos, mas já estava muito em cima da data de 50 anos do golpe: "Então guardei para os 60 anos e, dessa vez, comecei mais cedo. Já tinha chamado alguns nomes, mas era o final do governo Bolsonaro, e alguns não quiseram se expor. Mas depois, toparam". 

Segundo ele, nunca "falaram" nada, exceto Marcelo Rubens Paiva com o livro Feliz ano velho: "A geração de 1968 sempre falou, mas todos são mais velhos que nós,  já eram universitários ou secundaristas. Por isso, quis ouvir dos mais jovens". Para Márcio, apesar de essas crianças e adolescentes sofrerem as consequências do golpe militar e de terem presenciado situações difíceis, elas não tiveram a oportunidade de expor suas histórias. 

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Lembranças fragmentadas, impressões, vivências e emoções confusas compõem o painel literário revelador do grupo editorial Caravana. A maioria dos escritores do livro teve familiares engajados de alguma forma na luta contra a ditadura e viu parentes serem perseguidos, presos ou ameaçados. Muitos também testemunharam a queima de livros, tiveram de mudar de escola, de cidade e até de país, acompanhando os pais que fugiam da repressão.

"Foge à minha compreensão. Como defender a ditadura, com todas as informações de que dispomos sobre prisões arbitrárias, torturas e desaparecimentos de pessoas que pensavam diferente? Como defender um regime que acabou com a liberdade de expressão, com o direito de reunião?", finaliza Rita sobre movimentos atuais pró-regime ditatorial. A obra pode ser adquirida na livraria Sebinho ou pelo site da editora mineira Caravana.

Serviço

1964: Eu era criança e vivi

Organizado por Rita Nardelli e Márcio Vianna. Lançamento, hoje, às 17h, na livraria Sebinho (CLN 406 Bloco C)

*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco 

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postado em 18/06/2024 07:00
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