TEVÊ E CINEMA

Paulo Guidelly emenda três produções entre Brasil e Portugal

Com duas estreias marcadas para esta semana, Paulo Guidelly — destaque brasileiro na novela portuguesa Cacau — está no filme Bandida: A número um, nas telonas, e na série O jogo que mudou a História, no Globoplay

Paulo Guidelly, ator -  (crédito:  OSEIAS BARBOSA/divulgação)
Paulo Guidelly, ator - (crédito: OSEIAS BARBOSA/divulgação)

No ar na produção portuguesa Cacau, novela de maior audiência da TVI, emissora líder no país, o ator brasileiro Paulo Guidelly também marca presença no cinema e no streaming do seu país natal. Ele está no longa Bandida: A número um — O filme e na série O jogo que mudou a História, do Globoplay, duas produções que, curiosamente, estreiam em 13 de junho.

O longa adapta o livro A número um, de Raquel Santos de Oliveira, inspirado pela vida da própria autora, que manteve um relacionamento com um criminoso poderoso da Rocinha, no Rio de Janeiro, e se tornou ela mesma uma importante chefe do tráfico. "Eu vivo Saurio, um personagem complexo porque é um dos traficantes traidores da história. E, onde tem traição, tem conflito para enredo", adianta Paulo, que, embora seja paulistano, é cria do Nós do Morro, do Vidigal.

Já a série do Globoplay acompanha a formação inicial de facções criminosas que marcam a capital carioca. Em O jogo que mudou a História, Guidelly interpreta o personagem Rabiola. "Ele é um dos detentos no presídio de Ilha Grande, não faz parte de nenhum dos três principais grupos do lugar e tenta sobreviver a guerra entre os dois principais grupos da prisão", explica.

Reflexões

Paulo Guidelly leva para as telas a história de homens negros com vidas diferentes, mas similares em pontos que convidam à reflexão. "Rabiola está preso e Saurio, solto. Ambos têm caráter contrastante, mas o que me alegra é ter tido a oportunidade de viver personagens tão parecidos nas suas condições sociais", reconhece.

O ator de 38 anos destaca que, sendo negro, os personagens oferecidos para ele ainda são, na maioria, criminosos, pobres, empregados ou escravizados. "Embora hoje eu perceba um processo de crescimento na criação de outras dramaturgias possíveis, que citam o negro numa outra perspectiva, ainda é um grande paradoxo para os atores que querem continuar no mercado", desabafa.

Em Cacau, produção portuguesa que se passa entre Bahia e o país europeu, o personagem Tiradentes ocupa um lugar diferente na estratificação social. Ele é dono de uma choperia badalada em Trancoso e, acreditando que o Brasil merece uma reparação histórica, entra em conflito com os portugueses que frequentam o local turístico.

"Recebo muitas mensagens positivas sobre o discurso do Tiradentes, e da importância da minha representatividade na teledramaturgia portuguesa. Os brasileiros estão vibrando junto comigo!", celebra.

 


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postado em 09/06/2024 10:00
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