ARTE

Aline Deluna estreia como protagonista no cinema e celebra sucesso no teatro

Em As Margens de Canavieiras, longa com roteiro e direção do cineasta José Frazão e está disponível no streaming, Aline Deluna estreia como protagonista. No teatro, ela já está no centro da peça Josephine Baker, a Vênus Negra, indicada a prêmios

A atriz, bailarina e cantora Aline Deluna é a protagonista de As Margens de Canavieiras, longa que conta com roteiro e direção do cineasta José Frazão e está disponível nas plataformas de streaming. Na produção, ela vive a paleontóloga Manuela, que recebe a missão de identificar um fóssil na cidade que é um verdadeiro paraíso tropical no sul da Bahia. Com o barqueiro Jura (Vertin Moura), a mulher navega por ilhas e beiradas rio acima, em um clima de contemplação em busca da preciosidade histórica.

“O convite para interpretar Manuela veio do diretor José Frazão. Ela é uma espécie de Indiana Jones feminina que vai se embrenhando pela cidade em busca de um fóssil e que, no meio desse trajeto, acaba sendo envolvida em aventuras paralelas. E ela vive o romance com o Jura, mas que não a desvia do seu foco principal. É uma heroína moderna. E que deslumbre foi filmar em Canavieiras! Os rios, os manguezais, a natureza em toda sua magnitude, é algo realmente de tirar o fôlego!”, afirmou Aline.

Cilada boa

Esta jornada cheia de aventuras, mistérios e paixão pode ser conferida nas plataformas Amazon Prime, Claro TV, Microsoft, Loocke, Vivo, Google Play e Itunes. Mas a atriz também poderá ser vista na retomada do projeto Cilada, de Bruno Mazzeo, no Globoplay, em que vive a personagem Lakshimi, contracenando com o ator e roteirista e com Débora Lamm. “Para mim, foi uma grande diversão gravar com esses gênios! Eu já era fã da série há muito tempo e é um tipo de comédia que eu particularmente amo! É uma delícia ver os dois jogando em cena. Eles são muito feras, e a minha personagem foi divertidíssima de fazer, rimos muito durante as gravações.”

Voz aos negros

Aline, que também brilhou no especial Falas negras, de Manuela Dias, dando à vida a Virgínia Bicudo, onde deu voz contra o preconceito racial e foi dirigida por Lázaro Ramos. “Ser dirigida pelo Lázaro foi maravilhoso, ele é de uma delicadeza e assertividade incríveis! E interpretar Virgínia Bicudo, uma psicanalista (uma das minhas áreas de atuação) responsável pela disseminação da psicanálise no Brasil, e que, em sua época, era a única mulher de sua turma e, ainda por cima, uma mulher negra, foi uma verdadeira honra! Falas negras foi um divisor de águas, trazendo a luz essas personalidades da história do povo negro”, celebrou.

Teatro musical

A artista, que também é cantora, está com nova temporada pelas unidades Sesc, do Brasil, com o musical Josephine Baker, a Vênus Negra, indicado aos prêmios Shell e APTR. “Josephine Baker tem a mesma importância na luta pelos direitos do povo negro quanto Martin Luther King. Tanto que ela foi a única mulher a discursar na Marcha de 63, mas, como acontece com a maioria das mulheres no decorrer da História, sua importância foi diminuída e, por vezes, invisibilizada", afirma Aline. "Nosso desejo com esse espetáculo é trazer a luz essa personalidade e contar toda a sua trajetória de luta e resistência, sendo uma mulher muito à frente do seu tempo!”, completou.

Nudez em cena

Para Aline, a beleza desse trabalho é que ele foi construído de maneira coletiva e admite que levar a nudez para a cena foi uma preocupação, mas tudo foi construído de uma maneira tão naturalista e orgânica que sempre é muito bem recebido pelo público. "A história não seria contada de forma fiel sem essa parte. O repertório ser grande parte em francês também foi uma preocupação, mas a beleza da música faz com que ela não precise necessariamente ser entendida para ser assimilada. E o público realmente acompanha e se emociona junto", concluiu.

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