Binarious — trio composto por Andressa Munizo (vocal e guitarra), Lídia Pessoa (baixo e vocais) e Clara Vidal (bateria) — lança nesta quinta-feira (30/5) o EP visual vida-morte-vida. Esse trabalho, que representa as complexidades da experiência humana, tem o objetivo de marcar uma nova era e trazer a reflexão sobre as diversas fases da vida, desde o nascimento até o retorno às sombras.
A produção musical foi realizada de forma independente, em casa, e foi posteriormente levada para o estúdio. O trabalho contou com a expertise do vencedor do Grammy Latino, Ricardo Ponte, na mixagem e na masterização, que teve participação especial do violinista Tom Suassuna em duas faixas.
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Dirigido pela própria vocalista, Andressa Munizo, o curta utiliza o cenário de Brasília para explorar visualmente os conceitos de transição e renascimento e destaca que cada música é como uma fase da lua, uma estação do ano que reflete sobre a evolução do ser humano e sua identidade.
Andressa afirma que passou por um processo de montanha russa de sentimentos ao produzir o EP pós-pandemia. A morte e a vida representam o fim de ciclos e estão intrinsecamente ligadas aos fenômenos da natureza.
O clipe é visualmente inspirado na obra solo Anima, de Thom Yorke, vocalista do Radiohead, de atmosfera surrealista. O trio convidou a artista Clara Molina para expressar, por meio da dança, a mensagem da música, e, a partir disso, criar uma forma de expressão audiovisual.
A vocalista ressalta que o protagonismo feminino é uma marca importante no projeto do grupo, na frente e por trás das câmeras. “Por ser uma equipe toda feita de mulheres, concretizamos uma perspectiva feminina da vivência contemporânea. Proporcionamos um espaço de troca e conexão feminina, sem as limitações que encontramos na grande indústria, majoritariamente protagonizada por homens”, diz.
A arquitetura de Brasília acrescentou ao clipe um conceito visual surrealista. O contraste entre luzes e sombras e o contraponto da grande presença do verde na arborização do plano piloto criaram uma paleta de cores entre o cinza e esverdeado. “As fases da lua e as estações do ano foram as inspirações para chegar na ordem perfeita das músicas para o álbum e manter a sensação de um ciclo se fechando. A primeira e a última música se completam na sonoridade”, diz Andressa.
Ao expandir sua visão artística para além da música, o trio reconhece o poder do amor e da conexão humana, mesmo em face dos desafios da pandemia. Este EP não é apenas uma evolução musical para a Binarious, mas também uma declaração de esperança e resiliência em tempos difíceis.
*Estagiárias sob supervisão de Nahima Maciel