Com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos (EUA), a Casa Thomas Jefferson realiza, nesta quinta-feira (16/5), o Thomas reading summit, um evento dedicado à literatura com entrada gratuita. Com o tema We love stories (nós amamos histórias, e tradução livre), o mini festival celebra o bicentenário de amizade entre Brasil e EUA.
Para promover uma ponte cultural entre os países, o projeto reunirá escritoras, poetisas e artistas em um encontro com oficinas, espaço com livreiros e editoras populares, espaço de leitura digital e mini espetáculos para o público.
A programação conta com as participações da autora e ambientalista Nurit Bensusan, a escritora, poetisa, atriz e dramaturga Cristiane Sobral, em uma oficina de Poesia falada, e um espetáculo sobre a mitologia brasileira com o grupo As caixeiras cia. de bonecas.
As oficinas gratuitas trarão outros autores e artistas e serão conduzidas em português e inglês, com intérpretes em Libras nas sessões principais. O espaço de leitura digital fornecerá tablets conectados a bibliotecas digitais e tecnologias de realidade virtual com experiências imersivas de leitura.
Com 11 livros publicados em vários gêneros, Cristiane Sobral foi finalista do Prêmio Jabuti em 2022, é palestrante nacional e internacional, com passagem por Harvard. Durante o evento, ela vai autografar seu mais recente livro, Caixa Preta de Contos, junto com suas outras obras.
A escritora fala sobre a importância de projetos como este ao dar oportunidades a autores de acesso ao grande mercado editorial, principalmente ao abordar pautas de racismo. “O racismo estrutural e institucional dificulta a introdução dos livros nas grandes livrarias. A Lei 1639-03 institui a obrigatoriedade do ensino de História da África e do Negro e contempla a minha literatura assentada na contação de histórias sobre a gente negra brasileira”, diz.
Ela percebe que eventos literários como esse poderão contribuir para a representatividade e o contato com pessoas negras em espaços de protagonismo. “O sistema é racista e machista, isso certamente atrapalha. A limitação econômica também dificulta. Com esses recursos, conseguimos avançar mais. Todo dia faço o possível com o que tenho, e trabalhar com outras pessoas que têm esse mesmo espectro de convicções abre portas.”
Cristiane pretende que o público tenha contato com obras de autoria negra que muitas vezes não são divulgadas. Ela aponta como os meios de comunicação, com sua força, muitas vezes falham em difundir o trabalho de profissionais negros, e o estereótipo da pessoa preta de sucesso como uma exceção só é destruída com a representatividade.
“Os negros são mais de 50% da população brasileira. Esse percentual deve ser considerado ao preparar o currículo da escola, ao adquirir as obras de referência bibliográfica. A arte e literatura podem contribuir para esse despertar com a capacidade de provocar emoções e sensações. Tocar o emocional e provocar empatia faz com que as pessoas enxerguem outros pontos de vista.” Cristiane diz.
Serviço
Thomas reading summit
Nesta quinta-feira (16/5), das 8h30 às 18h, na Casa Thomas Jefferson (SEPS 706/906, Via W5 Sul - Asa Sul). Entrada franca.
*Estagiária sob supervisão de Nahima Maciel
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