Em No Rancho Fundo, produção das 18h da TV Globo, Zé Beltino, vivido pelo estreante em telenovelas Igor Fortunato, é o primogênito de Zefa Leonel (Andrea Beltrão) e Seu Tico Leonel (Alexandre Nero), definido na sinopse da obra de Mário Teixeira como um rapaz bravo como a mãe e ingênuo como pai. Super protetor, para defender a honra da família, ele quer acabar com a vida de Marcelo Gouveia (José Loreto) quando descobre que ele enganou sua irmã, a protagonista Quinota (Larissa Bocchino).
"Esse cara vem com o arquétipo de bruto, mas possui camadas. Ele é um cara que traz a ação para a trama porque ele tem uma ética, uma forma de ver a vida muito particular. O que é certo para ele e a forma de acertar as coisas é muito dele, então isso faz com que ele, às vezes, meta os pés pelas mãos e cometa atos que, às vezes, a sociedade como um todo julga estar errado, mas na cabeça dele está tudo certo", defende o intérprete.
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Segundo Igor, Zé Beltino não chega a ser vilão. "Ele flerta com esse toques de vilania como lugar de resolução para manter a honra, manter a família unida, defender o território da família, que é muito importante para ele. Ele vive uma série de desventuras na novela, que eu acho que vocês vão gostar de acompanhar. Zé Beltino flerta com a comédia, com a inocência, com essa coisa da ação. Está sendo muito legal descobrir essas nuances e poder brincar com tantas coisas, sem deixar o personagem chapado, mas com camadas humanizando o personagem", argumenta.
Cria do teatro
No Rancho Fundo é a primeira novela do artista potiguar, de 31 anos. Nascido em Mossoró (RN) e criado por duas mulheres fortes — a mãe e a avó —, Igor Fortunato começou no teatro com 14 anos de idade. Depois, migrou para Natal, onde foi trabalhar com alguns grupos de teatro. Um deles foi a Casa de Zoé, do qual faz parte a atriz conterrânea Titina Medeiros, que também está na novela. "A gente passou muito tempo trabalhando, a gente trabalha junto há mais de nove anos", comenta.
Após esse período, o rapaz fez algumas coisas de audiovisual, no cinema. No final do ano passado, ele estava em temporada no Rio com a peça A invenção do Nordeste, quando chamou a atenção de uma produtora de elenco. Ele foi convidado para realizar alguns testes e, no fim do processo, escolhido para dar vida ao personagem do núcleo central Zé Beltino.
O ator admite que fazer novela é uma outra forma de trabalhar. "É um outro tempo, é uma outra forma de atuar, de manipular a atuação que eu estou descobrindo e que está sendo muito legal descobrir. Eu acho que a gente que é ator se prepara a vida inteira para fazer qualquer obra. Eu não me preocupo se eu estou fazendo novela, se eu estou fazendo TV, teatro ou cinema. Eu quero estar pronto para a obra que vem. Quando a gente chega na obra, percebe que tem as suas particularidades, que são muito peculiares, que são muito da forma de fazer e que eu estou descobrindo", finaliza.
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