MÚSICA

Melly lança álbum de estreia e cai de cabeça na fusão de ritmos

Vencedora do Prêmio Multishow, cantora baiana se joga no sentimentalismo com ‘Amaríssima’, primeiro disco de inéditas. Liniker e Russo Passapusso fazem participação especial em faixas do projeto

A cantora e compositora baiana Melly -  (crédito: Divulgação/João Arraes)
A cantora e compositora baiana Melly - (crédito: Divulgação/João Arraes)

A cantora e compositora Melly lançou Amaríssima, primeiro álbum de estúdio e responsável por dar sequência aos lançamentos da artista este ano. Com 12 faixas e 32 minutos de duração, o disco é uma coletânea de canções que se arriscam a discutir o amargor causado pelo o término de um relacionamento. Vencedora do Prêmio Multishow 2023 na categoria Artista Revelação, Melly se prepara para embarcar na turnê de Amaríssima durante o segundo semestre deste ano.

Melly é natural de Salvador (BA), cidade que por si só exala a musicalidade tão presente nos trabalhos da cantora baiana. Em Amaríssima — característica daquilo que é extremamente amargo —, a artista faz uma mistura de gêneros musicais, tais como pagodão baiano, pop e R&B. “Foi uma preparação hercúlea fazer esse disco”, confessa Melly durante entrevista descontraída concedida ao Correio. Além de cantora e compositora, ela liderou a produção executiva do projeto, que conta com participações especiais de Liniker e Russo Passapusso.

Questionada sobre as expectativas em torno do lançamento do primeiro álbum de estúdio, Melly responde que espera uma recepção favorável do público. “Eu quero que o disco faça um barulho legal e tomara que ele faça. Que as pessoas se envolvam com a história, com as músicas, que tudo prospere”, projeta a artista sobre o lançamento da última terça-feira. Na mesma data, o festival Afropunk Bahia 2024 confirmou a cantora como uma das atrações do evento, previsto para os dias 9 e 10 de novembro, em Salvador.

Sobre o processo de produção das canções, Melly revela que as participações de Liniker e Russo Passapusso, nas faixas 10 minutos e Rio vermelho, respectivamente, surgiram com a naturalidade da relação dela com os colaboradores. “Foi algo muito natural e bem espontâneo. Acho que a gente se bateu em alguns lugares, nos gostamos e começamos a trocar ideia, como normalmente se troca com a pessoa que você gosta, admira ou quer falar”, acrescenta. Gravado no estúdio de Russo Passapusso, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, Amaríssima se debruça sobre amadurecer e entender que a vida é cheia de sabores pouco agradáveis.

Em Falar de amor, música responsável por inaugurar a audição do disco, Melly quebra as expectativas do ouvinte ao cantar sobre o sentimento causado após um término repentino. “Já que é pra falar de amor / Vou começar com o que acabou agora / Lembrei de quando a gente conversou / E mesmo assim cê foi embora”, canta, nos primeiros versos. Outro destaque do disco fica para a faixa bônus Um poema com minha letra (gaveta), gravada de forma despretensiosa e com a voz de Melly acompanhada apenas de violão.

Duas perguntas para//Melly

De que forma se deu a escolha do nome Amaríssima para seu primeiro álbum?

Sempre fui muito pessoal com as minhas músicas e com a minha experiência com ela. Eu senti que falar a minha verdade é o que eu preciso fazer. E, nesse disco não podia ser diferente. Quis falar sobre sentir e sobre o que eu sei fazer. Tive uma epifania sobre Amaríssima e quis falar sobre o que eu estava aprendendo no momento. Como eu sou muito jovem, estou aprendendo a amadurecer e a lidar com os meus sentimentos. Amaríssima é sobre amadurecer e, amadurecer é um pouquinho amargo e desconfortável.

Como foi para você reunir em Amaríssima essa mescla de diferentes gêneros musicais?

Toda música pega influência de alguma coisa. E a minha influência dessa vez foi a Bahia. Amaríssima foi tudo o que eu estava sentindo. Tem muito pagodão e tem muita influência ancestral minha. Tem samba, reggae e axé também.

*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel

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postado em 31/05/2024 16:36 / atualizado em 31/05/2024 16:36
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