A revelação de Augusto (Renan Monteiro) para José Inocêncio (Marcos Palmeira) sobre a identidade de BUBA (Gabriela Medeiros) como uma mulher trans é um momento de grande impacto emocional na trama. No entanto, o choque de Augusto vai além dessa revelação; ele se depara com a contínua paixão de seu genitor por Maria Santa (Duda Santos), uma paixão que parece inabalável e eterna. "Num sei de quem é a culpa nisso tudo. Talvez a gente seja órfão d’uma mãe que partiu levando o resto d’um homem que nenhum de nós teve o prazer de conhecê de verdade, a num sê pelas história que se contava", reflete Augusto, trazendo à tona a profunda sensação de abandono e perda que permeia a família.
A declaração de Augusto destaca a dualidade da figura de José Inocêncio, dividida entre o homem que era contado nas histórias e o que restou após a partida de Maria Santa. "Porque o José Inocêncio dessas histórias tá enterrado junto de Maria Santa… o que sobrô foi um sujeito ressentido, com Deus e com o diabo, por nenhum dos dois terem lhe salvado o amô de sua vida!"
Segundo o jornalista André Romano, do Observatório da TV, nas cenas essas palavras de Augusto são carregadas de amargura, revelando um homem transformado pela dor e pela ausência, cuja existência se tornou uma sombra do passado glorioso narrado por aqueles ao seu redor.
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A intensidade do diálogo entre pai e filho vai além das palavras, servindo como uma catarse para Augusto, que expressa a dor acumulada não apenas por si, mas por todos os irmãos. "E nem tido a decência de lhe levarem junto dela", conclui Augusto, evidenciando o rancor que sente pela injustiça percebida, tanto divina quanto humana. Esta conversa, embora dura, é um alívio necessário para os sentimentos reprimidos que consomem Augusto, oferecendo uma rara visão da vulnerabilidade dos personagens.
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