Cantora e intérprete que deixou seu nome cravado na história da música popular brasileira, a mineira-brasiliense Cássia Eller será a grande homenageada da segunda edição do projeto Sesc Estação Blues, em show quarta-feira (22/5), às 18h, no pergolado Alberto Vilardo, na 504 Sul.
O legado da artista será revisitado pelo guitarrista Victor Biglione, que terá a companhia do baixista Dudu Lima e da cantora Taryn, em apresentação gratuita. No show, o guitarrista revisitará o repertório do álbum Cássia Eller & Victor Biglione in Blues, lançado em 1992; e ainda prestará tributo aos Beatles e a Jimi Hendrix, além de homenagear Janis Joplin. Em outro show, o guitarrista brasiliense Dillo, que tem cinco discos lançados, apresenta MPBlues. Haynna e Os Verdes complementam a programação.
Na parte final, Dillo se junta a Victor Bligione para fechar a noite com blues de alta qualidade.
Entrevista / Victor Biglione
Que lembranças guarda de Cássia Eller, como amiga e cantora?
Como amiga e cantora, tenho as melhores lembranças possíveis! Uma pessoa muito alegre, espontânea, bem-humorada e, como cantora, dispensa comentários, pois cantava qualquer estilo com tremendo talento e eficiência.
Como e quando a conheceu?
Tive o prazer de conhecê-la e fazer amizade no nosso primeiro show em fevereiro de 1991 no Circo Voador.
De quem foi a iniciativa da gravação do disco?
A iniciativa para gravação do CD foi minha e dos produtores: Lighia Alcantarino e José Luiz Toledo.
Lembra do clima no estúdio?
O clima no estúdio durante a gravação foi o melhor possível, com muito capricho, inspiração e atenção nos mínimos detalhes, mas isso tudo, em um clime de total descontração.
A escolha do repertório foi sua ou dela?
A escolha do repertório foi totalmente minha. Cássia, praticamente, não conhecia as músicas, apenas uma ou outra, mas gostou de todas e se identificou totalmente. Conseguimos um resultado original e diferenciado.
Como uma intérprete exigente, Cássia gostou do resultado?
No final, ela ficou satisfeitíssima, pois eu e o saudoso Zé Nogueira, produtores do álbum, tivemos um cuidado especial.
Por que a direção da Polygram (atual Universal Music) não quis lançar o álbum na época?
A gravadora temia que Cássia ficasse estigmatizada como uma cantora de blues, rock e jazz. Eles não conseguiram enxergar que era um projeto especial de ambos os artistas.
Vocês lançaram o CD Rio de Janeiro e São Paulo, inclusive no Free Jazz Festival. Por que não se apresentaram em Brasília?
Não tivemos tempo, infelizmente, de nos apresentar na querida Brasília, onde ela morava na época, antes de tentar carreira no Rio de Janeiro.
Fazer o show com o repertório do álbum agora, lhe traz que expectativa?
Levar o show com o repertório desse álbum à capital do país será uma emoção muito grande, principalmente sabendo que vou estar cercado de artistas do quilate de Taryn nos vocais (revivendo a Cassia) e do Dudu Lima no baixo.
Além do set list do disco, o que o público ouvirá no show?
Vamos tocar o set list integralmente, com um tributo a Beatles e Jimi Hendrix, além de uma homenagem a James Joplin, como fiz com Cássia no Fantástico em 1991, nos 20 anos do falecimento da cantora executando Mercedez Benz.
Serviço
Sesc Estação Blues
Show de Victor Biglione, com a participação de Dillo Araújo, Dudu Lima e Taryn, quarta-feira (22/5), às 18h, no pergolado Alberto Vilardo do Sesc, na 504 Sul. O acesso é gratuito.
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