A escritora canadense Alice Munro deixa um legado extenso na literatura mundial. Vencedora do Prêmio Nobel de Literatura em 2013, ela também conquistou, em 2009, o Man Booker International Prize pelo conjunto da obra.
A artista sofreu de demência nos últimos anos de vida e morreu na noite de segunda-feira (13/5), em Ontário, no Canadá.
Munro ambientou suas histórias tensas e de observação aguda na zona rural da Ontário onde cresceu, concentrando-se nas fragilidades da condição humana.
Apesar de seu grande sucesso e de uma impressionante lista de prêmio literários, durante muito tempo viveu da mesma forma simples e modesta de seus personagens de ficção.
"Ela não é uma pessoa da alta sociedade. De fato, raramente é vista em público e não faz turnês de promoção de livros", comentou o crítico literário americano David Homel, depois que Munro alcançou fama mundial.
Sua discrição contrastava com a de outra gigante canadense da literatura contemporânea, Margaret Atwood.
Nascida em 10 de julho de 1931 em Wingham, Ontário, Munro cresceu no campo. Seu pai, Robert Eric Laidlaw, criava raposas e aves, enquanto sua mãe era professora em uma cidade pequena.
Com apenas 11 anos, decidiu que queria ser escritora, e nunca hesitou em sua escolha profissional. "Penso que talvez fiz sucesso fazendo isto porque não tinha nenhum outro talento", explicou certa vez em uma entrevista.
O primeiro livro de Munro, Dimensões de uma Sombra, foi publicado em 1950, enquanto era estudante na Universidade de Western Ontário
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br