Para quem deseja aprender mais sobre as tradições e culturas ancestrais, o Memorial dos Povos Indígenas oferece um programa educativo de visitas guiadas gratuitas. De terça a domingo, das 9h às 17h, quatro arte-educadores ensinam sobre as riquezas dos patrimônios materiais e imateriais das mais de 300 etnias que vivem no Brasil.
A duração média das visitas é de 20 minutos a uma hora, a depender do público. Também são oferecidas oficinas sobre as culturas indígenas, com o uso de grafismo, músicas e elementos tradicionais. O público terá a experiência de mergulhar nas trajetórias históricas dessas comunidades, desde o passado de exploração ao presente de lutas e de conquistas.
O prédio no Eixo Monumental foi desenhado por Oscar Niemeyer, inspirado diretamente nas ocas indígenas, com a forma circular. É uma maloca moderna. O Memorial ainda oferece visitas escolares, como oportunidade de complementar o conhecimento ensinado nas salas de aula. Os estudantes que vierem com a escola terão uma recepção com a explicação da história do espaço e das culturas indígenas brasileiras. De toda a equipe do local, cinco são indígenas, o que reforça a autenticidade do memorial. A instituição apresenta um inventário formado por peças de plumárias, cerâmicas e de insumos próprios de várias etnias. Outra parte do acervo são itens doados da coleção particular dos antropólogos Darcy Ribeiro, Berta Ribeiro e Eduardo Galvão.
"Poder contribuir para a valorização da cidadania dos povos originários faz da nossa instituição uma grande parceira nesta construção", comenta Christiano Ramos, fundador da ONG Associação dos Amigos da Vida, que executa o programa educativo. Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura (FAC) e da Economia Criativa do Distrito Federal, a organização de Christiano começou o projeto no início de abril deste ano.
"Faltam investimentos no Memorial. É um desafio muito grande fazermos o espaço funcionar como ele deveria com tão pouco recurso disponível", observa o fundador da ONG sobre o porquê de o espaço não ser tão reconhecido pelos brasilienses.
"A ideia das visitas guiadas surgiu a partir dos coordenadores da ONG, pois um deles é uma antropóloga com bastante experiência na questão indígena. Então, queríamos oferecer um conhecimento mais detalhado sobre essa temática", conta ele.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco
Serviço
Visitas guiadas gratuitas ao Memorial dos Povos Indígenas
De terça a domingo, das 9h às 17h. As escolas podem agendar a visitação pelo e-mail educativo.mpi@cultura.df.gov.br, enquanto o público em geral pode usar os telefones (61) 3344-1155 e 3344-1154.
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