MÚSICA

Alessandra Terribili canta Belchior no Clube do Choro nesta terça

Show de Alessandra Terribili homenageia Belchior em show que lembra os sete anos da morte do artista

Alessandra Terribili, acompanhada pelo violonista Félix Júnior, sobe ao palco do Clube do Choro nesta terça-feira (30/4), a partir das 20h30, para apresentar o show Belchior Era uma vez um homem e seu tempo. A data foi escolhida por marcar sete anos da morte do artista.

Belchior entrou na vida de Alessandra desde criança, por conta de seu pai, que admirava o compositor cearense. Intensificou o contato quando estava na faculdade, por meio de um amigo que já era fã do cantor. ”Sempre me chamou a atenção, a poesia ácida, a objetividade e, ao mesmo tempo, a originalidade com que ele aborda alguns temas espinhosos sem nunca cair na mesmice no senso comum e de uma forma muito sensível. Então, sempre admirei essa capacidade dele e a minha conexão vai bem por aí pelos versos e pela forma tocante com que ele explora os assuntos”, diz Alessandra.

O show terá um formato mais intimista, modificando o repertório para um alinhamento maior com essa proposta. Idealizado por Alessandra, o show tem base em voz e violão sete cordas. As canções do repertório serão as que se encaixam mais com essa formação. Alguns convidados participarão para criar dentro dessa atmosfera. Alessandra explica: “O cavaquinho do Pedro Vasconcelos, o saxofone do Bruno Patrício e o violino do João Dias para abordar algumas músicas e trazer esse tempero, esse charme a mais em algumas das músicas. Então, o repertório para proporcionar um clima intimista e de muita emoção”. Alessandra conta que a música Velha roupa colorida, era feita no palco com banda, com referência a gravação de Elis Regina e, no novo show, terá um arranjo bem diferente, propondo uma emoção para outro lado. As novidades estão em mudanças de arranjo, novas músicas e outra formação.

Belchior foi cantor, compositor, poeta e cronista. Perguntada sobre a atualidade da música do compositor cearense, a cantora responde: “A mensagem que eu espero passar é destacar as mensagens do próprio Belchior, porque as mensagens que ele traz na sua música são muito atuais, são atemporais mesmo. Ele era um grande cronista, um grande observador do seu tempo, um observador do ser humano e nada disso se perdeu e não fica circunscrito a um período histórico. Claro que ali, ele refere muito as questões da ditadura, da censura, da repressão, da violência. Mas essas não são coisas das quais a gente está livre hoje, infelizmente. A gente vê essa ameaça nos rondar o tempo inteiro. Então, dá para você sempre absorver as mensagens que ele deixou, observando aquele tempo, você vai ver que muito daquilo se aplica a hoje.”

SERVIÇO 

Belchior - Era uma vez um homem e seu tempo

Terça feira, 30 de abril, às 20h30, no Clube do Choro (St. de Divulgação Cultural, Bloco G). Ingressos a partir de R$ 35 + taxa da Bilheteria Digital. 

*Estagiária por supervisão de Severino Francisco 

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