Com documento já homologado na última quarta (24/4), para nova gestão compartilhada do Cine Brasília (EQS 106/107), a organização da sociedade civil Box Cultural voltará a atuar ao lado da Secretaria de Cultura do DF (Secec). Enquanto se aguarda a formalidade das assinaturas, o cinema — tombado como Patrimônio Mundial da Humanidade, em 1987 — está com programação provisória em mostra que teve curadoria de Pedro Lacerda. No lote da programação inicial, estão alinhados vários filmes brasilienses. Tudo apresentado de forma gratuita.
A atração desta quinta (25/4), às 20h, leva justo a assinatura de Lacerda. O filme é Vidas vazias e as horas mortas, e contou, na realização, com aparato do Polo de Cinema de Sobradinho. O filme, que teve participação de Adriana Nunes e Dina Brandão, mostra a tentativa reintegração entre membros de uma família que se empenhou na construção da capital do Brasil.
Na sexta (26/4), às 20h, o espaço foi reservado para um clássico de Afonso Brazza, Fuga sem destino. Depois de uma sessão dedicada ao premiado Renato Barbieri (diretor de Servidão), no sábado, o espaço trará, no domingo (28/4), Noctiluzes, assinado por Jimi Figueiredo e Sergio Sartório. Com André Deca e Chico Sant´Anna no elenco, o filme examina um clima misterioso em torno de homens reunidos em um píer, e que dividem o relato de situações progressivamente absurdas.
A mostra se estende até o dia 5 de maio, numa espécie de compasso de espera para novo período de gestão da Box Cultural, atuante há 26 anos de mercado, e que deverá aprimorar eventos adequados ao aproveitamento da telona de 14mx6m presente no Cine Brasília. Uma das expectativas é a da continuidade nas parcerias com centros acadêmicos como os da UnB e do IFB, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília.