O espetáculo Elas brilham — Vozes que iluminam e transformam o mundo é uma mistura de musical com teatro e documentário. Criado por Frederico Reder e Marcos Nauer; o gênero procura levar para o palco uma maneira diferente de contar uma história real. No caso de Elas brilham, em cartaz no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, hoje e domingo, essa história mergulha na música cantada por mulheres que se tornaram ícones de suas épocas. "É uma grande celebração do feminino, dos feitos femininos, do protagonismo feminino ao longo da história", avisa Sabrina Korgut, uma das atrizes do elenco.
Se o roteiro é guiado, majoritariamente, pela música, no palco não são apenas as histórias de cantoras e compositoras que ganham destaque. "É uma reunião de vários protagonismos femininos e dentro existem artistas, médicas, políticas, pessoas relacionadas à área de saúde, todos que contribuíram com seus talentos e conhecimento em prol de acontecimentos e feitos importantes para a humanidade. E aí nós cantamos as décadas", avisa Sabrina.
Tudo começa na era do rádio, com uma homenagem às grandes divas da década de 1930, seguido do jazz e do gospel, com direito a Aretha Franklin e a todas as artistas negras importantes do período. A década do rock e seus momentos de rompimentos e subversões entra como uma década de transições e de posicionamento feminino dentro dentro da sociedade. "Depois da parte do rock, a gente faz uma grande homenagem ao samba, a todas as mulheres sambistas, todos os ritmos atrelados ao samba, em um grande bloco", conta Sabrina.
Em seguida, a disco music ganha a cena com uma presença feminina intensa e o surgimento de uma nova era. É a deixa para homenagear Madonna como rainha do pop. "É uma figura com imensa propriedade no sentido de ser uma mulher à frente do seu tempo, que transgrediu, rompeu, abriu caminhos não só para as mulheres mas no sentido de libertação do conhecimento do seu ser. A Madonna abriu caminhos para grandes artistas, divas performáticas", explica Sabrina. Elas brilham traz ainda homenagens a Beyoncé e a Whitney Houston.
O musical, Sabrina avisa, não é um espetáculo de cover e sim uma montagem com a visão de cada uma das atrizes. "Não encarnamos personagens e não fazemos cover de ninguém, é uma grande homenagem a essas grandes divas dessas décadas. A gente não está imitando ninguém, tem a dramaturgia e a forma de interpretar os medleys e canções nesse lugar que é a linguagem do teatro musical. Trazemos toda essa carga dramática e emocional por trás desses repertórios", explica.
Elas Brilham — Vozes que iluminam e transformam o mundo
Direção: Frederico Reder e Marcos Nauer.
Hoje, às 20h, e amanhã, às 19h30, no Centro de Convenções Ulysses (SDC — Brasília - Brasília).
Ingressos: de R$ 145 a R$ 350.
Não recomendado para menores de 12 anos.