A partir do dia 20 de maio estará disponível, no YouTube, a segunda temporada da websérie de 10 episódios Ópera na Cidade, orquestrado pelo maestro assistente da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Matheus Avlis. Com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF), a obra promove a democratização da educação musical e apresenta a história do gênero musical para o público do Distrito Federal.
Músico desde a infância, Matheus Avlis estudou canto e piano na Escola de Música de Brasília. Ainda na época da adolescência, já participava de festivais no Teatro Nacional de Brasília, compondo o coro juvenil. Com a lembrança do grande público da Sala Vila Lobos à época, Matheus guarda as memórias do funcionamento por trás das orquestras. “Então, a ópera sempre esteve ali enquanto uma manifestação possível e que eu gostava, de que eu tinha interesse por ela”, conta o maestro.
Foi assim que, em 2020, o musicista idealizou e roteirizou a primeira temporada do projeto Ópera na Cidade, por meio do programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, que promovia a produção de conteúdo de vídeo e áudio para projetos culturais no ambiente da internet. “No período da pandemia, quando tudo fechou, os teatros e os projetos pararam, não havia mais apresentações, como todos nós sabemos, e a cultura sofreu com isso. Nós, que vivemos de artes performáticas, do teatro, da ópera, do concerto, da música ao vivo, não tínhamos tantas possibilidades”, diz.
Neste ano, o projeto se expande e ganha a segunda temporada, que será dirigida por Matheus e produzida por Joaquim Lima. É dividida em quatro blocos, de 20 minutos cada, sobre a ópera, a mulher na música e a construção de concertos. Assim, no bloco Opera na Cidade, o público terá informações sobre a história, a evolução e a produção da ópera no Brasil e no mundo. Em “Entendendo a Música”, é retratado as definições de música em diferentes culturas e épocas.
Já em Por dentro da orquestra, comandado por Ana Cançado, violista PcD portadora da Síndrome de Ehlers-Danlos, apresentam-se 10 mulheres instrumentistas atuantes no DF, que contam sobre sua trajetória na música. Por fim, em Live Recital, cada uma das 10 mulheres apresenta performances de peças solos em seus instrumentos, nas quais fazem um depoimento sobre os desafios enfrentados no mundo musical, como a competição injusta e não igualitária em oportunidades por ser mulher.
Nesse bloco, Monique dos Anjos, no violino; Maria Silva, na flauta; Juliana Santos, no fagote; Millena Brito, na harpa; Liliane Santos, no trombone; Jamily Cordeiro, no violoncelo; Thainá Nóbrega, no trompete; Gislene Barros, na trompa; Amanda Sucupira, no contrabaixo e Elaine Rodrigues no clarinete apresentam seus instrumentos, explicando as qualidades, técnicas e as características daquele instrumento.
Enquanto regente da orquestra, Matheus diz se emocionar com o depoimento e histórias das instrumentistas. “Até hoje é muito difícil ainda achar trompistas, trombonistas, trompetistas e percussionistas, instrumentos que estão na área dos metais por um pensamento anacrônico e machista de atribuir esses lugares aos homens”, diz.
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