O faturamento do setor musical aumentou 10,2% no ano de 2023, totalizando US$ 28,6 bilhões (R$ 143,3 bilhões), e a América Latina foi uma das regiões que mais cresceu, quase 20%, segundo dados publicados nesta quinta-feira (21) pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês).
A artista mais bem-sucedida foi, sem surpresas, a americana Taylor Swift, de acordo com o relatório anual da IFPI, que representa as grandes companhias discográficas.
Logo atrás de Swift estão duas bandas coreanas, Seventeen e Stray Kids, refletindo o grande crescimento do K-Pop.
A músicas mais vendida foi "Flowers", de Miley Cyrus, a única com mais de 2 bilhões de reproduções - 2,7 bilhões, exatamente. Em seguida estão "Calm Down", de Rema e Selena Gomez, com 1,89 bilhão, e "Kill Bill", de Sza, reproduzida 1,84 bilhão de vezes.
A indústria musical cresceu pelo nono ano consecutivo, em grande parte graças ao aumento do streaming (11,2%), que agora representa mais de dois terços (67,3%) das receitas globais.
Pela primeira vez, as assinaturas pagas de streaming ultrapassaram a marca de 500 milhões, chegando a 667 milhões de pessoas.
Os formatos físicos, especialmente o vinil, também mostraram crescimento, com 13,4% de aumento das vendas.
"Os números do relatório deste ano refletem uma indústria verdadeiramente global e diversificada, com crescimento de receitas em cada mercado, cada região e em praticamente todos os formatos de música gravada", disse o diretor financeiro da IFPI, John Nolan.
As regiões de maior crescimento foram a África subsaariana (24,7%) e a América Latina (19,4%), graças à disseminação do streaming e ao surgimento de estrelas locais como Burna Boy, Asake, J Balvin, Bad Bunny, Anitta e Karol G.
Os maiores mercados musicais continuaram sendo os EUA, Japão e Reino Unido.
No entanto, a indústria enfrenta vários desafios, especialmente à medida que os jovens passam mais tempo no TikTok e em jogos virtuais.