Nesta quinta-feira (7/3), a antropóloga e historiadora Lilia Katri Moritz Schwarcz foi eleita para ocupar a cadeira de número nove da Academia Brasileira de Letras (ABL), o que faz de Schwarcz a 11ª mulher a receber o prestigiado título de “imortal” da academia. A 9ª cadeira da ABL estava vaga desde novembro do ano passado, quando o também historiador Alberto da Costa e Silva morreu.
Além de antropóloga e historiadora, Lilia Schwarcz é escritora e professora sênior do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP). É vencedora de múltiplos prêmios Jabuti — mais tradicional premiação literária do país — e autora de livros como As barbas do imperador (1998), Dicionário da escravidão e liberdade (2018) e Óculos de cor: ver e não enxergar (2022), obra vencedora do Prêmio Jabuti na categoria Juvenil.
Tradicional instituição voltada para o estudo da língua portuguesa no Brasil, a Academia Brasileira de Letras elege estudiosos e personalidades influentes dentro do cenário linguístico do país. Fundada pelo escritor Machado de Assis, em 1897, a ABL, nos últimos anos, tem sido cobrada para aumentar a representatividade feminina entre os “imortais” eleitos. Personalidades de renome como o cantor e compositor Gilberto Gil e a atriz Fernanda Montenegro ocupam cadeiras na ABL.