PREMIAÇÃO

Ucrânia celebra seu primeiro Oscar com '20 dias em Mariupol'

O documentário mostra a agonia da cidade do leste da Ucrânia, que caiu nas mãos das forças russas 86 dias depois do início da invasão

O jornalista ucraniano Evgeniy Maloletka, o produtor norte-americano Raney Aronson-Rath, o cineasta ucraniano Mstyslav Chernov, a produtora Michelle Mizner, a jornalista ucraniana Vasilisa Stepanenko e Derl McCrudden posam com o prêmio de Melhor Longa-Metragem Documentário por '20 Dias em Mariupol'   -  (crédito: MICHAEL TRAN / AFP)
O jornalista ucraniano Evgeniy Maloletka, o produtor norte-americano Raney Aronson-Rath, o cineasta ucraniano Mstyslav Chernov, a produtora Michelle Mizner, a jornalista ucraniana Vasilisa Stepanenko e Derl McCrudden posam com o prêmio de Melhor Longa-Metragem Documentário por '20 Dias em Mariupol' - (crédito: MICHAEL TRAN / AFP)

A Ucrânia celebrou, nesta segunda-feira (11/3), seu primeiro Oscar, com a vitória de "20 dias em Mariupol", um documentário sobre o cerco do Exército russo a esta cidade ucraniana em 2020, que considerou "importante", já que narra "os crimes da Rússia". 

"O primeiro Oscar da história. E é tão importante nesse momento", declarou o chefe da administração presidencial ucraniana, Andrii Iermak, na rede social X. "O mundo viu a verdade sobre os crimes da Rússia. A justiça vencerá", acrescentou. 

O filme, que ganhou o Oscar do melhor documentário no domingo, foi feito por jornalistas ucranianos que trabalham para a agência Associated Press. Nas últimas semanas, já havia vencido uma série de prêmios internacionais, entre eles o Pulitzer e o Bafta. 

O documentário mostra a agonia dessa cidade do leste da Ucrânia, que caiu nas mãos das forças russas 86 dias depois do início da invasão russa em 22 de fevereiro de 2022, às custas de milhares de mortos e uma destruição quase total. 

Os jornalistas da AP que passaram três semanas na cidade cercada conseguiram sobreviver e fazer suas imagens. 

"Provavelmente, sou o primeiro diretor neste cenário a dizer que teria preferido nunca ter feito esse filme, se a Rússia não tivesse atacado a Ucrânia e ocupado nossas cidades", declarou Mstyslav Chernov, o diretor, na cerimônia em Los Angeles. 

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Agence France Press
postado em 11/03/2024 11:14 / atualizado em 11/03/2024 11:14
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